"Portugueses mais assustados com eleições do que com programa de assistência"

O primeiro-ministro defendeu hoje que os portugueses estão mais "assustados" com a hipótese de eleições antecipadas, com a incerteza sobre a continuidade da ajuda externa, do que com o fecho do programa de assistência financeira.

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Lusa
03/07/2013 18:11 ‧ 03/07/2013 por Lusa

Política

Passos Coelho

Esta posição foi assumida por Pedro Passos Coelho em Berlim, durante uma conferência de imprensa sobre as conclusões da conferência europeia sobre emprego, na qual também esteve presente o ministro da Economia, Alvaro Santos Pereira.

Identificando os cenários que neste momento se colocam ao país, o primeiro-ministro defendeu então que os portugueses "estão muito mais assustados e apreensivos com a possibilidade de terem eleições, sem saberem o que poderá resultar disso, não sabendo sequer se poderão dispor de apoio externo como têm tido até hoje".

Os portugueses, segundo Passos Coelho, estão seguramente mais preocupados com o cenário atrás descrito "do que com a possibilidade de o Governo fechar o Programa de Assistência Económica e Financeira e de podermos enfrentar as dificuldades que ainda há pela frente".

"Temos ainda muitas dificuldades pela frente e precisam de ser enfrentadas", assentou, referindo-se depois aos partidos da coligação governamental.

"Até hoje, apesar de todas as diferenças, PSD e CDS, os partidos da coligação governamental, têm conseguido colocar o interesse nacional à frente de todas as pequenas divergências, que são naturais entre duas forças políticas diferentes. PSD e CDS têm mostrado ao país que a maioria funciona, tendo Portugal conseguido da 'troika' avaliações positivas e a correção de desequilíbrios macroeconómicos. Não é agora que vamos pôr isso tudo em causa. Isso não seria compreensível. Não me conformo com essa situação", salientou o líder do executivo.

Perante a insistência dos jornalistas na possibilidade de o CDS se afastar do Governo, o primeiro-ministro respondeu: "Estou empenhado em encontrar uma solução política que permita manter no país um caminho que tem sido apreciado pelos parceiros europeus e pelos nossos credores externos", disse.

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