O ministro da Presidência e Assuntos Parlamentares, Marques Guedes, afirmou, no final do Conselho de Ministros, ao qual faltou apenas o ministro Paulo Portas, que os problemas da coligação governativa “têm e estão a ser resolvidos no quadro dos respectivos partidos”, sustentando por isso que “não foram abordados pelos membros do Governo”.
Questionado pelos jornalistas sobre o decurso das negociações entre o primeiro-ministro, Passos Coelho, e o ministro Paulo Portas, Marques Guedes recusou tecer qualquer comentário, insistindo que os “problemas e dificuldades” que surgiram na coligação “devem e estão a ser tratados” pelos respectivos partidos (PSD e CDS) e líderes.
Porém, Marques Guedes confidenciou ter a “profunda convicção de que a estabilidade política não é apenas um bem em si mesmo mas também uma necessidade absoluta nas condições em que o País se encontra”, pelo que “não se pode correr o risco de abrir uma crise política”.
“No momento difícil em que o País se encontra, nomeadamente com o programa de ajustamento, o que se exige é uma responsabilidade muito grande de todos os agentes políticos, particularmente da maioria, relativamente à preservação da estabilidade política que melhor possa defender todos os sacrifícios dos portugueses”, destacou Marques Guedes.