O acordo entre o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho e Paulo, e o líder do CDS, Paulo Portas, poderá não passar de uma espécie de 'paz podre'.
Segundo relata o Jornal de Notícias, aquele que será vice-primeiro-ministro, caso o Presidente da República, Cavaco Silva, assim o aprovar, recusa-se a abdicar da diplomacia económica que tinha a seu cargo enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, pasta que, em princípio, será herdada pelo embaixador de Portugal nos Estados Unidos, Nuno Brito.
Ora, mal os responsáveis pelos partidos da coligação governativa fizeram as pazes e já se afigura um novo braço-de-ferro entre PSD e CDS.
A imposição do presidente dos centristas, quando, saliente-se, ganhou novo fôlego e mais influência na orgânica do Executivo, não está a cair bem no núcleo duro dos sociais-democratas, adivinhando-se mais um foco de tensão que poderá ameaçar a prometida estabilidade política do País.