Aquando da sua ida para Washington, nos Estados Unidos, na condição de embaixador, Nuno Brito quebrou a regra do Ministério dos Negócios Estrangeiros que tenta evitar a colocação de casais de diplomatas numa mesma missão realizada no exterior.
Com o aval de Paulo Portas, Nuno Brito levou consigo para a capital norte-americana a sua mulher, Rosa Batoréu, que iria desempenhar funções na Organização dos Estados Americanos mas que, segundo o relato de fontes próximas ao Público, é já a “número dois” da embaixada.
O provável sucessor de Portas na tutela dos Negócios Estrangeiros é também criticado pelo facto de ter ajudado na preparação da invasão do Iraque quando, na Cimeira dos Açores, reuniu George W. Bush, Tony Blair e José Maria Aznar na Base das Lajes.
Segundo o mesmo jornal, Nuno Brito é tido como protegido de Cavaco Silva, além de ter relações estreitas com o actual presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, tendo sido o seu assessor diplomático quando aquele era primeiro-ministro.
A nomeação de Nuno Brito para a pasta que ainda pertence a Paulo Portas não é oficial, mas a imprensa nacional dá já como quase certa a presença do embaixador no Governo. Contudo, a sua entrada depende ainda da aprovação do Presidente da República.