Cavaco Silva disse na quarta-feira que o actual Governo se encontra em "plenitude de funções" e defendeu um "compromisso de salvação nacional" de médio prazo entre PSD, PS e CDS que permita cumprir o programa de ajuda externa.
Para Pedro Silva Pereira, o Presidente da República "veio deixar em aberto muitas dúvidas quanto ao futuro. Realmente o que ele fez foi deixar uma bomba atómica de dissolução da Assembleia da República ao retardador".
O socialista defendeu que "a partir daqui a contagem decrescente começou para o fim deste governo e isso quer dizer que o Presidente não acredita neste governo".
Cavaco Silva adiantou que esse acordo deve prever eleições antecipadas a partir de Junho de 2014 e anunciou que vai chamar "de imediato" a Belém os líderes do PSD, Pedro Passos Coelho, do CDS-PP, Paulo Portas, e do PS, António José Seguro.
Pedro Silva Pereira disse também "não entender" a decisão do Presidente da República de marcar eleições antecipadas para 2014.
A declaração do Chefe de Estado surgiu depois de ter ouvido todos os partidos com representação parlamentar e os parceiros sociais e na sequência do pedido de demissão apresentado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia 2 de Julho.