"Paulo Portas criou a crise e depois apontou uma solução de superação na base do acordo feito com o PSD, acordo esse que apresentou ao Presidente da República. Só que o Presidente não aceitou os termos desse acordo e a crise continua". Esta é, grosso modo, a leitura que o dirigente centrista, Miguel Alvim, faz, em declarações ao Público, do comportamento do líder do seu partido, Paulo Portas, nas duas últimas semanas.
E, continua o conselheiro nacional do CDS, "a minha incomodidade, a nossa incomodidade, é partilhada pelo comum dos portugueses que estão confrontados com uma situação financeira muito grave (...) e que de repente, de uma forma injustificada, são colocados perante uma gravíssima crise política e o factor dessa crise política é o demissionário ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros".
Miguel Ávila lança mesmo algumas questões sobre o presidente dos democratas-cristãos: "Qual é a posição de Paulo Portas? É ministro demissionário ou definitivamente retirou o seu pedido?”.
Desta feita, conclui, citado pelo Público, "o CDS tem de ser sempre parte da solução e não parte do problema. Temos de superar as questões que nos dividem e que projectam um CDS imprevisível, que um diz uma coisa e no outro dia diz outra”.