Passos ou Seguro: "Um deles sai decapitado"

A comentadora política Constança Cunha e Sá afirmou na TVI24 que se os três partidos, PSD, CDS e PS, chegarem a acordo para o compromisso de salvação nacional exigido por Cavaco Silva, Portugal terá um governo de gestão até ao próximo ano. Contudo, a jornalista admitiu que este cenário é difícil de se concretizar pois o PS e o PSD não irão conseguir resolver todos os seus atritos em apenas cinco dias, e, por isso, “um dos dois [Passos Coelho ou Seguro] sai daqui decapitado”, concluiu.

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Notícias Ao Minuto
17/07/2013 09:40 ‧ 17/07/2013 por Notícias Ao Minuto

Política

Constança Cunha e Sá

No programa ‘Notícias às 21:00’, da TVI24, Constança Cunha e Sá disse que no centro das negociações tripartidárias está o corte na despesa no valor de 4.700 milhões de euros, matéria que dificultará o entendimento entre o PS e o Governo, já que “António José Seguro tem garantido a vários membros do PS que, havendo cortes no Estado, ele não fará o acordo”.

“Agora, com a entrada em cena do PS, desaparece tudo? Fica metade? Um terço? Coisa nenhuma? Não se percebe muito bem. O que se percebe bem é que esta gente anda toda a brincar connosco. Eu penso que há um dos dois [Passos Coelho ou Seguro] que sai daqui decapitado, não sei qual deles”, referiu a jornalista.

“Eu não acredito na boa vontade desta gente para se entenderem todos os três e levarem isto a bom porto até 2014”, disse também a comentadora deitando por terra as esperanças de um possível acordo entre o Governo e o principal partido e oposição. “É evidente que um deles vai sair muito mal nesta história ou todos eles. Seguro tem garantido sempre que só negoceia não havendo cortes”, frisou.

Constança Cunha e Sá voltou a referir a sua desconfiança num bom porto para as negociações entre os partidos: “Eu acho que nós estamos metidos numa trapalhada de morte! Não antevejo nada de bom porque (...) não vejo maneira de isto se resolver em qualquer coisa de estável”.

Aqui, a comentadora colocou em cima da mesa dois cenários que podem resultar desta tentativa de compromisso de salvação nacional. Um primeiro passa por um “plano vaguíssimo” onde “o acordo não vale nada e portanto é politicamente irrelevante”, e um segundo focado em “medidas concretas”. Neste segundo plano Constança Cunha e Sá deixa no ar a dúvida quanto à credibilidade desta hipótese pois diz não perceber como é possível, em apenas cinco dias, chegar a um acordo quando todas as medidas sugeridas pelo PS foram chumbadas pela maioria e todos os cortes do Governo foram criticados pelos socialistas.

“Portanto, eu não vejo saída feliz disto. Eu acho que o que se está a passar em Portugal é uma palhaçada”, concluiu.

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