As palavras de ontem do primeiro-ministro foram “mal recebidas” pela direcção do PS e entendidas como uma “machadada final” na possibilidade de um acordo entre PSD, CDS-PP e PS, que ainda está em negociações.
De acordo com o DN, esta “machadada final” decorre do facto de Passos Coelho se recusar a reconhecer que falhou, que errou, e apresentar sinais de que pretende e vai manter o caminho seguido até agora, nomeadamente no que respeita os cortes de 4,7 mil milhões de euros na despesa.
Mas não são só os socialistas que têm cada vez mais dúvidas sobre um acordo. Tanto os social-democratas como os socialistas ouvidos pelo Diário Económico admitiram que “só uma reviravolta inesperada” de António José Seguro até domingo pode inverter o rumo que se está a desenhar, de uma ausência de acordo. “Só uma reviravolta de última hora” poderá evitar essa ruptura, adiantou ontem ao jornal um governante.