“Quero apenas reafirmar que o país precisa muito de um espírito de união e de união entre todos os portugueses e de uma união nacional”, salientou Passos Coelho quando questionado pelos jornalistas, em Alijó, sobre as reações dos partidos da oposição ao seu apelo.
O primeiro-ministro disse na sexta-feira que o país precisa de um “clima de união nacional, não é de unidade nacional, é de união nacional, que permita essa convergência".
Entretanto, o secretário-geral do PS, António José Seguro, criticou o desafio do primeiro-ministro para um compromisso de “união nacional”, afirmando que o país precisa "menos de palavras e mais de ação", ao recordar os dois anos de Governo.
Também a coordenadora do Bloco de Esquerda classificou o apelo do primeiro-ministro à "união nacional" como "barbaridade", interrogando-se se Passos Coelho é "inculto" ou se o partido único do Estado Novo é a sua "única referência política".
Para Passos Coelho o importante é que “todos os que olham para o país com expectativa sejam os credores diretos sejam futuros investidores, sintam que em Portugal, apesar das divergências que existem e que são salutares, possam, no entanto, acreditar que os portugueses têm um espírito de união em torno da necessidade de ultrapassar necessidades que são necessidades que têm hoje uma dimensão muito grande”.
“Se nós não conseguirmos mostrar esse espírito de união entre as diversas forças políticas, entre os portugueses, porque haveriam aqueles que olham de fora para Portugal dever [ter] mais confiança e esperança do que nós próprios”, questionou ainda.
Passos Coelho frisou que “esse espírito é um espírito importante”. “E creio que todos os que ouviram as minhas palavras as perceberam devidamente”, concluiu.