Miguel de Sousa Tavares disse que “o discurso do primeiro-ministro é de quem está à espera de sofrer contratempos vindos do Tribunal Constitucional”. No seu comentário semanal na SIC, o jornalista assinalou que a postura de Pedro Passos Coelho é de quem admite mais austeridade para compensar eventuais chumbos.
Quando questionado sobre o facto de o Tribunal Constitucional poder ser um “empecilho” à política, o escritor observou que o Palácio Ratton apenas “interpreta a Constituição” e que, neste sentido, “empecilho é a Constituição e não o Tribunal”.
“Não tenho medo das revisões constitucionais. Estamos a falar de um instrumento político que vive conforme as épocas”, salientou, referindo-se ao facto de poder haver algum tipo de remodelação na Constituição.
O comentador frisou que “temos uma Constituição que é praticamente um programa do Governo” e que o ideal seria uma “Constituição mais pequena”.