EUA aumenta restrições à empresa Huawei

O Governo dos EUA anunciou hoje medidas para reduzir a capacidade de produção de semicondutores com tecnologia norte-americana da empresa chinesa Huawei, que considera uma ameaça à segurança nacional.

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Lusa
15/05/2020 14:57 ‧ 15/05/2020 por Lusa

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Huawei

As autoridades norte-americanas há muitos meses que fazem pressão junto das empresas dos EUA e dos países aliados para que não aceitem tecnologia da Huawei, nomeadamente para o desenvolvimento de redes de telecomunicação 5G, alertando para o risco de espionagem de uma organização que dizem estar ao serviço do Governo chinês.

Hoje, o Departamento de Comércio dos EUA anunciou ter bloqueado estrategicamente as compras de semicondutores da Huawei que recorram a 'know-how' norte-americano.

"Este anúncio bloqueia os esforços da Huawei para contornar os controlos de exportação", disse o Departamento de Comércio, num comunicado.

A nova medida pode prejudicar ainda mais as já tensas relações entre os Estados Unidos e a China, agravadas com acusações mútuas sobre a forma como cada um está a lidar com a pandemia de covid-19.

As autoridades dos EUA alegam que esta medida é uma resposta aos mecanismos que dizem estar a ser usados pela empresa tecnológica chinesa para tornear as restrições comerciais impostas desde 2019.

A Huawei e 114 empresas suas subsidiárias foram colocadas numa lista negra e obrigadas a obter licenças especiais sempre que quiserem exportar tecnologia para produtos dos EUA.

"Contudo, a Huawei continuou a usar programas de computador e tecnologia americana para desenvolver semicondutores, prejudicando a segurança nacional e o objetivo diplomático das medidas", explica o Departamento de Comércio.

"Não é assim que se deve comportar uma empresa global que deseja ser responsável", acrescentou o secretário de Comércio norte-americano, Wilbur Ross.

"Temos de mudar as nossas regras que estão a ser aproveitadas abusivamente pela Huawei e pela HiSilicon (uma subsidiária da gigante tecnológica chinesa) para impedir que as tecnologias americanas sirvam atividades maliciosas contrárias aos interesses da segurança nacional dos Estados Unidos e da sua política externa", disse Ross.

O Governo dos EUA, contudo, permite um período de 120 dias, a partir de hoje, antes da aplicação das novas restrições.

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