"O Governo chinês defenderá firmemente os direitos e interesses legítimos e legais das empresas chinesas", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado, acrescentando que as iniciativas norte-americanas "estão as destruir as cadeias globais de manufatura, de aprovisionamento e de valor".
Os Estados Unidos acusam a maior fabricante mundial de equipamentos para firmas de telecomunicações de cooperar com os serviços secretos chineses.
A Casa Branca colocou o grupo chinês numa lista de entidades do Departamento de Comércio, o que implica que as empresas norte-americanas tenham de solicitar licença para vender tecnologia à empresa.
A Huawei nega a acusação e as autoridades chinesas dizem que o Governo de Donald Trump está a usar leis de segurança nacional para restringir um rival que ameaça o domínio exercido pelas empresas de tecnologia dos EUA.
As sanções aprovadas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, em maio, caso sejam integralmente aplicadas, cortarão o acesso da Huawei à maioria dos componentes e tecnologia dos EUA.
A Huawei também é, juntamente com a sueca Ericsson e a finlandesa Nokia, líder em redes de quinta geração (5G), destinada a conectar carros autónomos, fábricas automatizadas, equipamento médico e centrais elétricas.
Os Estados Unidos têm pressionado vários países, incluindo Portugal, a excluírem a Huawei da construção de infraestruturas para redes de 5G.
Austrália, Nova Zelândia e Japão aderiram já aos apelos de Washington e restringiram a participação da Huawei.
A Huawei, que diz que a empresa pertence a 104.572 de um total de 194.000 funcionários da empresa, todos cidadãos chineses, nega estar sob controlo do Partido Comunista Chinês, ou cooperar com os serviços de inteligência chineses.