Neutralidade do Facebook leva dois engenheiros a saírem da empresa
O fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, tem sido motivo de insatisfação entre os colaboradores.
© Reuters
Tech George Floyd
Enquanto o Twitter indicou que publicações do Presidente dos EUA, Donald Trump, foram usadas para “glorificar violência”, o Facebook não tomou qualquer ação. Isto fez com que os próprios colaboradores da empresa se unissem em protesto, queixando-se ao fundador e CEO Mark Zuckerberg.
Apesar de admitir rever as políticas do Facebook sobre determinados assuntos, Zuckerberg parece não ter planos para alterar as publicações em questão. A situação está agora a levar colaboradores da empresa a apresentarem a sua demissão, conhecendo-se até ao momento os casos de dois engenheiros que anunciaram a sua saída da rede social.
Timothy Aveni, que trabalhou no Facebook desde junho de 2019, explicou através da sua página de LinkedIn o desconforto que sente com os posicionamentos da empresa. “Não consigo defender a recusa continuada do Facebook em agir em relação às mensagens intolerantes do Presidente dirigidas à radicalização do público americano. Estou assustado com o meu país e estou a ver a minha empresa a não fazer nada para desafiar o ambiente cada vez mais perigoso”, pode ler-se na publicação de Aveni.
Aveni apontou que Mark Zuckerberg havia prometido aos colaboradores que agiria no que diz respeito a discurso que apele à violência, afirmando que esta promessa se tratava de uma “mentira”. “O Facebook continuará a mudar a baliza sempre que [o discurso] o Trump escale, encontrnado uma desculpa para não agir em relação a retórica cada vez mais perigosa”, declarou o engenheiro de software.
Há também o caso de Owen Anderson, no Facebook desde julho de 2018, que anunciou a sua demissão no Twitter. “Estou orgulhoso por anunciar que, a partir do fim do dia, deixarei de ser colaborador do Facebook. Para ser claro, há algum tempo que estava a tratar disto. Mas depois da última semana, estou feliz por não apoiar mais políticas e valores com os quais discordo fortemente”, escreveu Anderson.
To be clear, this was in the works for a while. But after last week, I am happy to no long support policies and values I vehemently disagree with.
— Owen Anderson (@OwenResistor) June 1, 2020
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