Tal como aconteceu com a Apple, a Google tomou a decisão de remover ‘Fortnite’ da sua Play Store, isto depois de a Epic Games ter criado um sistema que permitia contornar as taxas cobradas na loja virtual nas compras feitas pelos jogadores dentro da app.
Ao contrário da Apple, que permite apenas a sua loja de aplicações no sistema iOS, a Google não tem problemas com a existência de múltiplas lojas virtuais no ecossistema Android. Porém, no comunicado da tecnológica Mountain View é indicado que “os produtores de jogos que escolham a Play Store têm políticas consistentes que são justas com os developers e mantêm a loja segura para os utilizadores”.
A Google nota que está disponível para continuar as negociações com a Google para que possa devolver a app ‘Fortnite’ à Playt Store, sendo que os jogadores que tenham feito download continuam a ter oportunidade de jogar. Entretanto, caso queira fazer ‘download’ de Fortnite’, poderá encontrar o jogo através do site oficial da Epic Games.
Em reação, a Epic Games também emitiu um comunicado onde se debruça sobre esta decisão da Google, referindo o lema da empresa “Não Sejas Malévolo”. “Vinte e dois anos depois, a Google relegou o seu lema para pano de fundo e está a usar a sua dimensão para fazer mal à concorrência, inovadores, clientes e utilizadores numa série de mercados que cresceu para monopolizar”, pode ler-se no comunicado.
A acusação da Epic Games à Google é semelhante à da Apple mas, neste caso, a produtora de ‘Fortnite’ poderá ter mais dificuldades em convencer o tribunal da California dado que o ecossistema Android é mais ‘relaxado’ do que o iOS da Apple. Ainda assim, a remoção de ‘Fortnite’ da loja virtual não é a única razão de queixa da Epic Games.
A Epic Games afirma também que a Google forçou a fabricante de smartphones OnePlus a desistir de um acordo que incluiria ‘Fortnite’ entre as apps pré-instaladas nos dispositivos da marca, conta o The Verge. Mais ainda, a LG também deverá ter sido pressionada pela Google para não incluir o ‘launcher’ da Epic Games nos seus novos smartphones. A Google não chegou a reagir a estas alegações.