Um grupo de cientistas portugueses faz parte do projeto internacional que pretende aliar as novas tecnologias à necessidade dos cegos lerem em braille. Falamos de dois utensílios tecnológicos destinados para cegos e que permitem a escrita facilitada em smartphones.
O primeiro chama-se #B e trata-se de um corretor ortográfico. Desenvolvido por Hugo Nicolau – a trabalhar como pós-doutorado no Instituto de Tecnologia de Rochester (EUA) – este utensílio “oferece o dobro de correções acertadas”, contou o mentor ao Público.
Segundo a publicação, o sistema é capaz de sugerir em 72% dos casos a palavra correta.
O HoliBraille, por seu turno, é um periférico (com ligação via Bluetooth) que funciona como uma caixa ou capa anexa à parte traseira do smartphone. Das extremidades deste aparelho saem três atuadores onde os dedos usados na escrita braille se apoiam. Sempre que um caracter é escrito, o dispositivo vibra. Além disso, destaca o Público, permite que as pessoas sintam nos seus dedos a letra que está a ser inserida.
Até ao momento, nenhuma das duas ideias está patenteada e o HoliBraille encontra-se ainda em fase de produção, sendo que cada criação tem um custo a rondar os 80 e os 100 euros.
O projeto conta com a participação de cientistas do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e do Instituto Superior Técnico e é coordenado poe Vicki Hanson, da Universidade de Dundee, na Escócia.