A nova lei russa entra em vigor apenas em setembro de 2016 mas as críticas e dúvidas começam a surgir. Em causa, revela o i, está o ultimato feito por Vladimir Putin às gigantes tecnológicas.
Basicamente, o presidente da Rússia exige que plataformas como a Google, Facebook e Twitter façam o armazenamento dos dados pessoais dos utilizadores russos dentro do próprio país, ou seja, que estes sejam transferidos das bases de dados internacionais para bases de dados russas. O objetivo, acredita Putin, é proteger informações e evitar que estas estejam à mercê de ataques informáticos.
Numa primeira vista, o mote de Putin não parece descabido de todo. O presidente russo quer que os dados pessoais dos seus cidadãos fiquem a salvo de possíveis usos indevidos, contudo, o reverso da moeda não apresenta qualquer alternativa a esta medida. Ou seja, ou as empresas fazem o que Putin quer, ou arriscam-se a que os seus sites sejam bloqueados na Rússia.
Este é, para já, um ultimato que assusta os entendidos da tecnologia. A internet livre pode ter os dias contados se a Rússia decidir aproximar-se do que é já praticado na China e no Irão, uma vez que o que está em causa é, na verdade, uma tentativa de controlo e nem tanto de proteção digital de informação, até porque, sendo os três principais sites dos Estados Unidos, as informações relativas aos cidadãos iriam circular até assentar na base de dados russos, colocando em causa a segurança dos dados.