O anúncio foi feito hoje, em Guimarães, à margem da conferência sobre Governação Eletrónica, pelo secretário de Estado a Modernização Administrativa, Joaquim Cardoso da Costa que explicou que o Mapa do Cidadão, ao qual chamou "quase um ovo de Colombo" é "relativamente banal" a nível de tecnologia estando a dificuldade em conseguir a informação de todos os ministérios do Estado.
O governante referiu ainda que está para "breve" a publicação da "Estratégica Digital para os Documentos Públicos" que visa "simplificar" a relação entre cidadãos e Estado permitindo que se entregue certo documento "uma só vez", valendo este para os vários serviços da administração central.
"Vamos ter 13 mil moradas da Administração Pública, no país todas georreferenciadas. Inclui todos os serviços públicos tradicionais como repartições de finanças, lojas do cidadão, mas também tudo que sejam escolas, hospitais, centros de saúde, tribunais, tudo", explanou Cardoso Costa.
Com a referida aplicação, referiu, o cidadão pode "estar em qualquer parte do país e saber onde é o sítio mais perto para tratar do assunto A, B ou C" e ainda "em alguns serviços como a Segurança Social ter acesso ao sistema de atendimento para poder ver quantas pessoas estão a ser atendidas e se vale a pena ir ao serviço no momento ou mais tarde".
Cardoso da Costa apontou como objetivo desta aplicação, juntamente com os Espaços Cidadão que estão a ser implementados pelo país, estando previsto estarem operacionais cerca de 1.000 até 2015, facilitar e "desdramatizar" a relação do cidadão com o Estado.
"Queremos banalizar a relação do cidadão com a administração pública no sentido de ela não se tornar um inferno mas tornar-se uma coisa fácil, sem dramas, sem filas desnecessárias. O Mapa do Cidadão vai dizer onde resolver cada problema", afirmou.
Além daquela aplicação, o secretário de Estado de Poiares Maduro referiu a publicação de um documento, "Estratégica Digital para os Documentos Públicos" que vai elencar "regras de usabilidade, associabilidades e práticas comuns a adotar pelos ministérios".
O documento vai instituir, adiantou, o principio "uma só vez", ou seja, explicou, "cada vez que um cidadão se dirige a um serviço da Administração Pública e lhe é pedido um documento que outro departamento já tem, desde que ele dê o consentimento, será esse serviço que tem que ir buscar o documento".
No entanto, o governante apontou dificuldades na execução da estratégia de digitalização do Estado, "relativamente banais" do ponto de vista tecnológico.
"Isto, que é muito fácil de dizer, é muito difícil de por em prática porque estamos a falar de dezenas de anos de culturas administrativas separadas. A tecnologia não é o mais difícil, é o relacionamento interministerial", disse.