A partir do centro de controlo de operações da ESA na cidade alemã de Darmstadt, o diretor de voo da Rosetta, Andrea Acommazzo, disse que a manobra de separação se realizou "com êxito" e que o robot Philae vai a caminho do cometa, no qual deverá aterrar cerca de sete horas depois do lançamento.
Trata-se da primeira vez que uma nave está tão próxima de um cometa, algo que alguns especialistas compararam em termos de importância científica e complexidade técnica à chegada à Lua ou à missão japonesa Hayabusa, que em 2005 inspecionou a superfície de um asteroide.
A ESA voltará a receber um sinal do Philae às 10:58 TMG (mesma hora em Lisboa), indicando que o módulo continua o seu percurso.
A Rosetta chegou em agosto perto do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, depois de uma viagem de 10 anos através do sistema solar, para estudar a sua origem, numa altura em que o cometa ainda não está ativo porque está localizado a uma distância de 450 milhões de quilómetros do Sol.
A aterragem, que representa um verdadeiro desafio tecnológico, deverá ocorrer numa zona designada Agilkia, situada num lado do cometa onde chega a luz solar, energia que permitirá alimentar o pequeno robot.
Se sobreviver, o Philae irá medir o campo magnético do cometa e realizar testes, até 30 centímetros de profundidade, dos materiais da superfície do núcleo na fase de atividade máxima, enquanto se aproxima do Sol.
A ESA quer estudar a cauda do cometa, averiguar a água que o corpo celeste possui e perceber se o líquido é como o da Terra, bem como analisar a existência de moléculas complexas.