Milhares de 'webcams' pirateadas por página russa

Milhares de vídeos provenientes de 'webcams', câmaras de vigilância ou mesmo de monitores de bebés no Reino Unido, Estados Unidos e França, surgiram numa página russa da Internet, alertou hoje o comissário britânico para a informação.

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© Reuters

Lusa
20/11/2014 14:29 ‧ 20/11/2014 por Lusa

Tech

Internet

Diversos países foram afetados após a página, operacional desde há um mês, ter beneficiado de uma falha dos sistemas de proteção ou da ausência de uma palavra-passe para aceder a estas imagens.

As imagens de mais de 4.500 câmaras nos Estados Unidos, 2.059 em França e 500 no Reino Unido, surgiram nesta página russa da internet, incluindo uma que filmava a cama de uma criança em Birmingham, outra um ginásio em Manchester ou ainda um bar em Stratford.

Diversas câmaras também foram pirateadas, em menor número, no Paquistão, Quénia e Nicarágua.

A página classifica as imagens por país e por aparelho. A marca de câmaras mais citada é a chinesa Foscam, seguida pela norte-americana Linksys e a japonesa Panasonic.

Interrogado esta manhã na rádio BBC 4, o comissário para a informação do Reino Unido, Christopher Graham, declarou ter solicitado às autoridades russas o encerramento desta página. Apelou ainda aos detentores das câmaras para alterarem as suas palavras-passe e reforçarem a segurança dos aparelhos.

"Devemos ser mais responsáveis. Estes instrumentos são muito práticos caso pretendam verificar se o vosso filho ou a vossa loja estão sem problemas, mas todo o mundo pode aceder caso não possuam uma palavra-passe eficaz", disse.

"Se querem preservar a vossa vida privada, adotem medidas de segurança básicas" ou então "desativem os aparelhos", acrescentou.

Em paralelo, Graham congratulou-se pela cooperação com as autoridades de outros países abrangidos. "Penso que tudo começou em Macau e Hong Kong, que alertaram os australianos. Estes alertaram os canadianos, que nos alertaram a nós", precisou.

"Pretendemos adotar ações imediatas, em cooperação com a Federal Trade Comission nos Estados Unidos, para encerrar este 'site'", disse.

Ainda segundo Graham, a página gerida por russos está registada num território 'paraíso fiscal' sob administração australiana.

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