De acordo com a agência estatal chinesa, a interrupção, a terceira no espaço de uma semana, durou pelo menos duas horas.
"Às 19:30 hora local de Pyongyang, a Internet e a rede móvel 3G da Coreia do Norte ficaram paralisadas e a situação só regressou à normalidade eram 21:30", escreveu a agência Nova China.
Os jornalistas da agência chinesa na Coreia do Norte relataram que a Internet esteve "muito instável" durante todo o dia.
A norte-americana Dyn Research, especializada em segurança informática, confirmou esta informação na rede social Twitter, afirmando que a Coreia do Norte tinha sofrido hoje "uma interrupção da Internet em todo o país".
Na segunda-feira, as ligações de Internet na Coreia do Norte ficaram totalmente interrompidas durante nove horas.
Este primeiro apagão 'online' ocorreu dias depois de o regime de Pyongyang ter sido responsabilizado pela polícia federal norte-americana (FBI) por um dos mais graves ataques informáticos nos Estados Unidos.
O incidente, que envolveu os estúdios de cinema Sony Pictures, esteve relacionado com o filme "Uma Entrevista de Loucos" ("The Interview", no título original), uma comédia que conta a história de dois jornalistas que são recrutados pela CIA para assassinarem o líder da Coreia do Norte.
No dia seguinte, terça-feira, a Coreia do Norte registou uma nova paralisação, mas mais breve.
As quatro redes de comunicações norte-coreanas estão todas ligadas à companhia chinesa Unicom, uma das maiores operadoras de telecomunicações da China.
A interrupção de hoje ocorreu algumas horas depois de a Coreia do Norte ter qualificado o Presidente norte-americano, Barack Obama, de "macaco" por ter encorajado os cinemas a exibirem o filme "The Interview", cuja estreia esteve para ser cancelada.
O regime de Pyongyang também ameaçou os Estados Unidos com retaliações.
"Obama é sempre imprudente nas palavras e nos atos, como um macaco numa floresta tropical", afirmou a comissão nacional de defesa norte-coreana, acusando o Presidente norte-americano de ter incitado a exibição do filme.
"Se os Estados Unidos continuarem a ser arrogantes, déspotas e a utilizar métodos de 'gangster', apesar dos repetidos avisos [da Coreia do Norte], deverão ter em mente que as suas ações políticas fracassadas vão levar a golpes mortais inevitáveis", referiu o porta-voz da comissão nacional de defesa norte-coreana.