Vila Real, 22 set - O dirigente socialista Pedro Silva Pereira pediu um voto de protesto contra o atual Governo nas eleições autárquicas, um voto que disse ser em nome dos professores, dos pais de jovens, dos desempregados ou dos reformados.
Pedro Silva Pereira, ex-ministro da Presidência e ex-braço direito do anterior primeiro-ministro, José Sócrates, falava num comício de apoio à candidatura socialista de Rui Santos à presidência da Câmara de Vila Real.
Na sua intervenção, o cabeça de lista do PS por Vila Real nas últimas eleições legislativas pediu
Um voto de protesto contra o Governo, no próximo domingo, nas eleições autárquicas.
"Votaremos como pais dos jovens que o Governo mandou emigrar. Outros, infelizmente, votarão como desempregados a quem a política de austeridade do Governo destruiu os empregos", declarou, recebendo muitas palmas.
Pedro Silva Pereira desenvolveu este registo de ataque ao executivo PSD/CDS, dizendo que, no próximo dia 29, "outros votarão como empresários da restauração ou empregados da restauração que perderam os seus empregos por causa de uma desastrosa e idiota medida de aumento do IVA para a taxa máxima - medida que não estava prevista em nenhum memorando da 'troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia)".
"Mas votaremos também como funcionários públicos a quem o Governo retirou os décimo segundo e décimo terceiro mês, votaremos como professores contratados ou funcionários a quem o Governo quer mandar para a mobilidade a ganhar uma ninharia em vez do salário a que têm direito, votaremos como docentes ou encarregados de educação que observam as obras de modernização das escolas a pararem", referiu o dirigente socialista.
Pedro Silva Pereira citou ainda "os formadores que viram os seus centros 'Novas Oportunidades' fechar" e aos contribuintes "a quem prometeram que a austeridade significaria cortar nas gorduras do Estado, mas aumentaram tudo o que era imposto".
"Muitos votarão como reformados e pensionistas a quem cortaram as pensões e a quem ainda querem cortar mais dez por cento. Não nos conformados com um Governo que faz parar o país", acrescentou.
PMF // PGF
Noticias Ao Minuto/Lusa