Moradores de Marvila pedem reunião urgente a Carlos Moedas

As comissões de moradores e de utentes de saúde de Marvila vão pedir uma reunião com "caráter de urgência" ao presidente da Câmara de Lisboa, que irá determinar as ações que vão tomar no futuro.

© Mundo Português

País Câmara de Lisboa 16/10/24 POR Lusa

Em comunicado hoje divulgado, as comissões explicam que reuniram-se na terça-feira com a Gebalis, empresa que gere os bairros municipais, depois de terem recolhido novos testemunhos sobre as necessidades habitacionais em Marvila, sobretudo no Bairro do Condado e no Bairro Marquês de Abrantes.

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Segundo as comissões, será pedida ainda hoje uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), o social-democrata Carlos Moedas, "cuja resposta, positiva ou negativa, determinará as ações que as comissões irão fazer no futuro".

Na nota, as comissões recordam que na semana passada manifestaram-se nos Paços do Concelho, altura em que denunciaram avarias em cerca de três dezenas de elevadores de vários lotes do bairro do Condado e infiltrações nas casas.

Relativamente à reunião com a Gebalis, as comissões adiantam que transmitiram à direção um "leque alargado de problemas do edificado em Marvila" e também de problemas relacionados especificamente com os moradores do lote 568/570 do Bairro do Condado.

"[É] imprescindível que, ao nível da Câmara Municipal de Lisboa, do seu presidente e do conjunto da vereação, haja o conhecimento da situação de abandono a que a freguesia de Marvila tem sido sujeita ao longo destes anos, independentemente do executivo em funções", referem.

As comissões salientam ainda que, apesar dos investimentos feitos pela CML nos últimos anos, "o que se constata é que esse investimento fica muito aquém, tendo em conta as necessidades que a população sente".

Além disso, acrescentam, existe também uma "degradação no que toca às condições da habitação" em Marvila.

As comissões de moradores e de utentes de saúde de Marvila asseguram "não baixarão os braços e não desistirão de lutar pelas condições de vida que os moradores de Marvila merecem".

Como propostas, as comissões pedem um plano para manutenção/recuperação dos elevadores avariados e um plano de médio prazo para substituir aqueles que "tecnicamente se conclua" ser essa a solução mais vantajosa.

As comissões pedem ainda que seja feito um "plano audacioso de recuperação/reabilitação do conjunto do edificado, nas suas partes externas, zonas comuns, serviços de apoio, como intercomunicadores, e partes interiores das suas habitações".

No caso de obras feitas pelos moradores em habitações municipais, depois de já terem solicitado a intervenção da Gebalis, mas o pedido tenha ficado sem resposta, as comissões defendem que os custos devem ser assumidos pela empresa.

Além disso, as comissões defendem a realização de encontros regulares com a Gebalis com moradores por lote, ou noutro modelo, adiantando estar já pedida uma reunião dos moradores do lote 530, no Condado, que aguarda resposta.

Na nota, as comissões referem alguns casos concretos, considerando que o "maior e mais preocupante" problema nos lotes 568 e 570 (que partilham a entrada), são as "avarias constantes nos elevadores", estando o elevador 1 "parado e selado pelos bombeiros por perigo de queda". Quanto ao elevador 2, "avaria constantemente", ficando a cada avaria "em média um a dois meses sem ser reparado".

No lote 568, exemplificam, existem vários idosos: três idosos no 8.º andar; oito idosos e um deficiente motor no 7.º andar; sete idosos, dois deles acamados, no 4.º andar e cinco idosos, dois deles acamados e um com doença degenerativa no 3.º andar.

Já no lote 570, vivem 17 idosos: no 2.º e no 3.º andar duas idosas; no 4.º andar sete idosos; no 7.º andar cinco idosos e um com incapacidade; no 8.º andar dois idosos, um deles acamado e um deficiente motor.

Além disso, após as obras de reabilitação realizadas nos dois lotes em 2018, têm surgido outros problemas, como infiltrações nas habitações, escadas com degraus gastos e mal reparados e intercomunicadores que não funcionam.

As casas dos dois lotes são habitadas há cerca de 43 anos e "nunca houve intervenção no seu interior", com vários pedidos dos inquilinos à Gebalis para reparações que acabam por não ser feitas apesar de os técnicos da empresa visitarem as habitações e tomarem conhecimento dos problemas, acrescentam.

"Até ao momento, têm sido os inquilinos a fazer as reparações e melhoramentos sem serem ressarcidos de qualquer valor pela CML ou Gebalis", indicam.

Questionada pela Lusa sobre a reunião, a Gebalis disse apenas que "foram ouvidas as preocupações e necessidades das comunidades e partilhadas informações sobre as intervenções no edificado e projetos sociais executados pela empresa".

"A Gebalis reforça que os prazos de resolução dos elevadores avariados se mantêm", acrescentou.

Na semana passada, a Gebalis assumiu estarem 11 elevadores parados e indicou estar previsto que cinco deles entrem em funcionamento este mês, dois em novembro e outros dois em dezembro. Os dois restantes aguardam inspeções e prevê-se que fiquem em funcionamento até novembro.

Leia Também: Moradores de Marvila denunciam na Câmara de Lisboa avarias em elevadores

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