Michelle desafia para Harris se tornar na primeira presidente dos EUA

A ex-primeira-dama Michelle Obama alertou no sábado, no Michigan, para as consequências do regresso de Trump, e desafiou os eleitores a apoiarem Kamala Harris como a primeira mulher Presidente dos Estados Unidos da América.

© Brandon Bell/Getty Images

Mundo EUA/Eleições 27/10/24 POR Lusa

"Em todos os aspetos, ela demonstrou que está pronta", disse Michelle Obama.

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"A verdadeira questão é: como país, estamos prontos para este momento?", questionou.

Esta foi a primeira aparição de Michelle Obama na campanha para as presidenciais de novembro desde que discursou na Convenção Nacional Democrata, em Chicago, durante o verão, e disse temer pelo país e que luta para compreender a razão de a corrida continuar renhida.

"Fiquei acordada à noite a perguntar-me: 'O que raio está a acontecer?'", afirmou, citada pela agência Associated Press, alertando que o eventual regresso de Trump à Casa Branca iria prejudicar a saúde das mulheres e a liberdade reprodutiva.

"Todas as minhas esperanças para Kamala são também acompanhadas de medo real, medo pelo nosso país, medo pelos nossos filhos, medo do que nos espera se esquecermos o que está em jogo nestas eleições", salientou Michelle, citada pela agência France-Presse.

Michelle Obama fez uma forte defesa dos direitos reprodutivos e alertou que a vida das mulheres tinha de ser levada a sério: "Kamala Harris lutará para restaurar as nossas liberdades reprodutivas e defender a nossa saúde", acrescentou, citada pela agência Efe.

A ex-primeira-dama enviou ainda uma mensagem aos homens dizendo que, na sua opinião, votar em Trump ou num candidato de um terceiro partido "traria danos colaterais" às suas mulheres, irmãs e filhas.

E enumerou as falhas da administração Trump ao descrever a resposta à pandemia de covid-19 como fraca, desacreditando os cientistas e espalhando informações falsas, e recordando o ataque ao Capitólio dos EUA em janeiro.

Também no sábado, Kamala Harris esteve num consultório médico em Portage, para conversar com prestadores de cuidados de saúde e estudantes de medicina sobre o impacto das restrições ao aborto.

"Estamos perante uma crise de saúde na América que está a afetar pessoas de todas as origens e géneros", disse Kamala Harris.

Entretanto, o Presidente Joe Biden foi a um sindicato em Pittsburgh para promover o apoio de Kamala Harris ao trabalho organizado, dizendo aos eleitores para "seguirem o seu instinto" e "fazer o que é certo".

"Vou apenas dizer francamente que ele é um falhado como homem", comentou Biden, sobre Trump, contrapondo que as mulheres merecem mais oportunidades do que as que receberam no passado.

"Podem fazer qualquer coisa que qualquer homem pode fazer, incluindo ser Presidente dos Estados Unidos da América", disse.

Mais de 38 milhões de norte-americanos, dos 244 milhões convocados às urnas, já fizeram a sua escolha através do voto antecipado.

Leia Também: Obama preocupada com sondagens em "Kamala-zoo". "Demasiado renhido"

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