© Leon Neal/Getty Images
"Houve melhorias significativas no fornecimento dos parceiros, com um aumento das entregas de pacotes de apoio", escreveu Zelensky nas suas redes sociais, destacando particularmente o ritmo de entrega de "material de artilharia".
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O chefe de Estado ucraniano tem alertado, nas últimas semanas, para os atrasos dos aliados de Kiev no envio de material para o exército ucraniano, tendo avisado, na semana passada, que apenas 10% do total da ajuda militar aprovada pelos Estados Unidos (o principal país doador) para 2024 chegou à Ucrânia.
Zelensky atribuiu o progresso da Rússia na frente de combate no decorrer deste ano, que tem sido modesto mas constante, ao ritmo lento da execução dos carregamentos de armas aprovados para Kiev.
A melhoria nas entregas foi hoje anunciada depois de Zelensky ter-se reunido em Kiev com a sua liderança militar, que o informou da situação na frente oriental e no 'oblast' (região administrativa) russo de Kursk, onde as tropas ucranianas ocupam parte do território depois de terem surpreendido os russos com uma operação transfronteiriça que teve início a 06 de agosto.
Na reunião, Zelensky foi também atualizado pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, sobre a situação do fornecimento de 'drones' ao exército ucraniano.
"Ordenei ao ministro da Defesa que aumentasse ainda mais as encomendas de 'drones' ucranianos para apoiar as operações correspondentes", disse Zelensky, referindo-se aos esforços para fornecer ao exército mais dispositivos não tripulados de fabrico ucraniano.
No sábado, Zelensky tinha apelado aos aliados para pararem de "espiar" e tomarem medidas concretas antes que as tropas norte-coreanas destacadas na Rússia cheguem ao campo de batalha.
Zelensky levantou hoje a possibilidade de um ataque preventivo ucraniano contra os campos onde as tropas norte-coreanas estão a ser treinadas e disse que Kiev conhece a sua localização, mas lembrou que a Ucrânia não pode fazê-lo sem a permissão dos aliados para usar armas de longo alcance fabricadas no Ocidente.
A administração norte-americana, presidida por Joe Biden, disse na quinta-feira que cerca de 8.000 soldados norte-coreanos estão em Kursk e preparam-se para ajudar o Kremlin (presidência russa) na luta contra as tropas ucranianas nos próximos dias.
Líderes ocidentais descreveram o envio de tropas norte-coreanas como uma escalada significativa que também poderá abalar as relações na região Indo-Pacífico e abrir a porta a transferências de tecnologia de Moscovo para Pyongyang que poderiam aumentar a ameaça representada pelo programa de armas nucleares e mísseis da Coreia do Norte.
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