© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
"Não fui desmentida nem desautorizada. Não fui clara por isso fiz o comunicado", afirmou Margarida Blasco, em resposta ao deputado do Chega Pedro Pinto, durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025.
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No passado dia 3 de novembro, no final de um congresso da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), a ministra admitiu debater o direito à greve na PSP.
"Vamos começar no dia 06 de janeiro um conjunto de revisões e é um ponto que pode estar e estará, com certeza, em cima da mesa. Neste momento, não vou dizer se sim ou se não, porque vai ter de ser submetido a um estudo", disse na altura a ministra.
Horas mais tarde, o MAI esclareceu que a discussão do direito à greve na polícia não fará parte das negociações previstas para janeiro com as associações sindicais.
Hoje no parlamento, a ministra afirmou que "todos os sindicatos sabem que essa pretensão [da greve], além de discutível constitucionalidade, não está no programa do Governo e nunca seria aceite pelo Governo".
"No entanto, sempre defendi o diálogo e numa negociação não posso dizer que há temas que não se podem abordar. Percebi depois, pelo eco das minhas declarações, que não fui suficientemente clara e foi por isso que decidi emitir o esclarecimento", frisou, considerando que "o estatuto dos polícias, a valorização e dignificação das suas carreiras" são a preocupação do Governo.
Direito à greve na polícia? Ministra faz marcha-atrás após "infelicidade"Margarida Blasco admitiu debater o direito à greve nas polícias. No entanto, pouco depois, o MAI, a sua tutela, desmentiu essa possibilidade.
Notícias ao Minuto | 09:12 - 04/11/2024Questionada pela deputada da Iniciativa Liberal Mariana Leitão sobre qual a opinião da ministra relativamente à possibilidade de existir este direito na polícia, Margarida Blasco respondeu: "Face àquilo que eu acabei de dizer, não tenho nada mais a acrescentar".
MAI cria grupo de trabalho para desbloquear 'bodycams' para PSP e GNRO Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou hoje a criação de um grupo de trabalho para "ultrapassar o impasse" do concurso público das 'bodycams' para a PSP e GNR, que já foi impugnando duas vezes.
Lusa | 18:21 - 11/11/2024Leia Também: Chefe da PSP suspenso por 60 dias após agressões em Valongo