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As moderadas correções em baixa de 110 mil e 210 mil barris de petróleo por dia este ano e no próximo, respetivamente, foram publicadas no relatório mensal da OPEP e somam-se às efetuadas pelo grupo de 12 países em agosto, setembro e outubro.
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Desde julho, as estimativas de crescimento homólogo do consumo de petróleo em 2024 foram reduzidas em 20%, de 2,25 para 1,82 milhões de barris por dia, e em 17% para 2025 (1,85 milhões de barris por dia para 1,54 milhões de barris por dia).
Deste modo, a procura de petróleo para este ano situa-se agora em 104,14 milhões de barris por dia e em 105,78 milhões de barris por dia em 2025.
Os peritos da OPEP indicam que os ajustamentos em baixa feitos este mês se devem a correções de dados anteriores, enquanto os dos relatórios anteriores estavam ligados a um abrandamento da procura de petróleo, especialmente na China.
No entanto, as estimativas atuais baseiam-se numa visão otimista das perspetivas globais, com um crescimento estimado em cerca de 3% tanto para 2024 como para 2025.
O documento melhora as perspetivas dos EUA, prevendo taxas de crescimento deste país de 2,7% e 2,1%, claramente superiores às taxas de crescimento de 0,8% e 1,2%, respetivamente, que espera na zona euro.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China, de quase 5% este ano e 4,7% no próximo, será claramente ultrapassado pelo da Índia (6,8% e 6,3%).
De acordo com estas previsões, o aumento da procura de petróleo registar-se-á principalmente nas economias emergentes da Ásia e noutras zonas que não são membros da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que reúne 38 países industrializados.
Do lado da oferta, a OPEP estima que os seus principais rivais irão produzir mais 1,2 milhões de barris por dia este ano e mais 1,1 milhões de barris por dia em 2025, totalizando 54,17 milhões de barris por dia.
Por conseguinte, o resto da procura prevista deverá ser satisfeita pelos doze membros da organização e pelos seus dez países aliados, incluindo a Rússia, que, de momento, mantêm a produção em baixa, depois de terem aceitado vários cortes para manter o preço do barril.
A produção da OPEP+ aumentou em outubro para 40,34 milhões de barris por dia, mais 215.000 barris por dia do que em setembro, principalmente devido ao aumento da extração da Líbia, um dos três membros - juntamente com a Venezuela e o Irão - que estão isentos do compromisso de limitar as extrações.
O relatório de hoje é o último a ser publicado antes da conferência ministerial da aliança OPEP+ (OPEP e aliados), em 01 de dezembro, onde será avaliada uma abertura gradual das torneiras a partir de janeiro, segundo um plano que foi adiado várias vezes devido ao risco de provocar uma queda dos preços do petróleo.
Estes últimos continuam a ser pressionados em baixa devido ao abrandamento da procura de petróleo e à incerteza sobre a economia chinesa, com o petróleo Brent a rondar 72 dólares por barril e o WTI a menos de 69 dólares.
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