© Adri Salido/Anadolu Agency via Getty Images
Em declarações à imprensa polaca, o tenente-coronel ucraniano Petro Gorushka, que comandará a unidade recém-criada, disse que os voluntários "começarão a treinar num quartel perto de Lublin (...) e dentro de alguns meses serão enviados para a frente" de combate.
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"São todos cidadãos ucranianos que vivem no estrangeiro, principalmente na Polónia e na República Checa, mas também em países como a Irlanda e os Estados Unidos", disse.
"[Os voluntários] têm entre 19 e 50 anos e origens muito diferentes: há músicos, motoristas, trabalhadores da construção civil (...). Todos são pessoas que querem ligar o seu futuro ao exército", acrescentou Gorushka.
Após um período de formação comum de 30 dias, os voluntários receberão formação especializada em diferentes disciplinas durante mais dois meses e serão assistidos por pessoal do exército polaco e, posteriormente, por peritos da NATO.
Nos termos do recrutamento, estes voluntários têm a garantia de regressar à Polónia numa base rotativa para visitar as suas famílias, bem como a possibilidade de frequentar gratuitamente e de forma remota ('online') o ensino superior em universidades ucranianas.
O processo de recrutamento tem lugar no Consulado Geral da Ucrânia em Lublin, o primeiro centro do género na Europa.
A ideia de criar a Legião Ucraniana foi formalizada em julho de 2024, durante a visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Varsóvia para assinar um acordo de segurança bilateral com o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
O acordo, embora não mencione especificamente a Legião, estabelece que os cidadãos ucranianos que residam temporariamente na Polónia ou noutros Estados poderão participar em programas de formação militar fornecidos pela Polónia.
Ainda antes de o processo formal de recrutamento ter começado, o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, afirmou que "vários milhares" de ucranianos na Polónia se tinham registado para integrar a Legião.
No entanto, a informação fornecida por Sikorski foi mais tarde contestada, com o ministro da Defesa polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, a afirmar que o número de voluntários era "demasiado pequeno" para formar a brigada inicialmente planeada.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país.
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