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Na sua página oficial de Internet, a procuradoria explicou que os nove arguidos, um dos quais se encontra em paradeiro incerto, são familiares da mulher sequestrada e agredida e de um dos suspeitos, ex-marido desta.
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Entre os nove suspeitos estão os dois filhos da mulher e do ex-marido desta, de quem ela estava separada, especificou.
O MP explicou que os arguidos, "sob o comando" do ex-companheiro daquela mulher, engendraram um plano para fazer com que esta voltasse a residir com este e de lhe retirar os netos que aquela tinha a seu cargo desde 2020.
Nessa sequência, a 06 de fevereiro, pelas 07:40, os arguidos foram até à casa do casal em Gondomar, no distrito do Porto, e apontaram armas de fogo à cabeça e facas ao pescoço do homem, agredindo-o e causando-lhes vários ferimentos, especificou a procuradoria.
Os suspeitos agrediram com murros e pontapés a mulher e cortaram-lhe o cabelo, tendo esta desmaiado na sequência das agressões, salientou.
Além disso, acrescentou a procuradoria, partiram portas e móveis da habitação e levaram as duas crianças, colocando-se em fuga.
Estas agressões foram partilhadas em direto nas redes sociais pelos suspeitos, sublinhou.
As duas crianças, raptadas da casa da avó, ficaram em casa de um dos arguidos, ex-marido desta, com mais 11 pessoas de onde foram resgatados a 11 de abril, após a realização de buscas domiciliárias, vincou o MP.
"Ao saberem que os ofendidos haviam participado às autoridades policiais, os arguidos voltaram a ameaçar de morte os ofendidos", frisou.
Quatro destes arguidos estão em prisão preventiva - medida de coação mais gravosa - e três a obrigação de permanência na habitação desde 12 de abril, revelou.
O MP acusou estes nove arguidos da prática, em coautoria, dos crimes de rapto dos menores, sequestro, roubos, ofensas à integridade física qualificada, ameaça e dano.
Um destes responde ainda por um crime de detenção arma proibida.
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