Central nuclear de Zaporijia esteve "à beira do apagão" após novo ataque

O ministro da Energia da Ucrânia, German Galushchenko, denunciou que a central nuclear de Zaporijia esteve hoje, uma vez mais, "à beira do apagão" devido a um ataque russo nas proximidades.

© Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia 16/11/24 POR Lusa

Embora a Rússia mantenha o controlo das instalações, o ministro informou que o ataque cortou uma das duas principais linhas de fornecimento de energia à central.

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Desligar a outra linha provocaria a suspensão das operações, colocaria em risco as "condições seguras de funcionamento" e aumentaria o risco de acidente nuclear, alertou o ministro numa mensagem na sua conta no Telegram.

"Tais ações do país agressor representam uma ameaça à segurança radiológica de toda a região e só a devolução do controlo da central nuclear de Zaporijia à Ucrânia pode garantir o seu funcionamento seguro", acrescentou o governante.

A Rússia não comentou o sucedido, mas nestas situações costuma, pelo contrário, acusar as forças ucranianas de bombardearem as instalações numa tentativa de recuperar o controlo pela força, refere a EuropaPress.

A Força Aérea Ucraniana, citada pela agência EFE, informou hoje que abateu 53 dos 83 drones de ataque lançados pela Rússia durante a noite, enquanto outros 30 desapareceram dos radares em diferentes regiões da Ucrânia,

Desde as 20:30 (18:30 GMT) de sexta-feira e durante toda a noite, "o inimigo atacou a região de Kharkiv com um míssil antiaéreo guiado S-300, atacando com 83 drones Shahed e 'drones' de tipo não identificado da Rússia desde as regiões russas de Kursk, Orel, Primorsko-Akhtarsk", refere o comunicado publicado nas redes sociais.

Às 08:30 (06:00 GMT) foi confirmado o abate de 53 'drones' russos sobre as regiões de Cherkasy, Odessa, Kiev, Jitomir, Sumi, Mikolayiv, Kirovograd, Poltava, Dnipropetrovsk, Zaporijia, Kharkiv e Khmelnytskyi.

Outros 30 'drones' perderam-se em diferentes regiões do território ucraniano, como resultado das ações de guerra eletrónica do Exército Ucraniano.

Leia Também: "Rússia continua a ser o único obstáculo a uma paz justa" para a Ucrânia

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