© REUTERS/Thilo Schmuelgen
"Não vimos muito combate até agora, mas penso que veremos em breve", disse Austin numa conferência de imprensa com os homólogos australiano e japonês, Richard Marles e Gen Nakatani, respetivamente.
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O chefe do Pentágono referiu que as tropas norte-coreanas vão enfrentar desafios na guerra na Ucrânia, incluindo na comunicação com os militares russos, devido à barreira linguística.
"A interoperabilidade entre as tropas tem a ver com a compreensão das mesmas regras e também com a confiança naqueles que estão a lutar connosco. E estas tropas nunca trabalharam juntas antes. É de esperar que haja fricção", disse Austin.
Cerca de 50 mil soldados russos e norte-coreanos destacados na região russa de Kursk (oeste) entraram recentemente em combate contra as forças ucranianas, disse na terça-feira um responsável do Governo de Kyiv à agência de notícias japonesa Kyodo.
O secretário da Defesa norte-americano afirmou hoje que os EUA vão continuar a fornecer equipamento e assistência à Ucrânia e que espera que a próxima administração de Donald Trump "continue a fazê-lo".
"(O nosso Governo) colocou a Ucrânia numa posição em que tem sido capaz de se defender contra o maior exército da Europa durante dois anos. Putin [Presidente russo] não alcançou quaisquer objetivos estratégicos", sublinhou.
"Todos nós queremos ver a guerra resolvida em breve. Mas queremos ter a certeza de que a Ucrânia está em posição de defender os seus interesses", continuou.
As declarações de Lloyd Austin foram feitas um dia depois da reunião do Presidente cessante dos EUA, Joe Biden, com os líderes da Coreia do Sul e do Japão, Yoon Suk-yeol e Shigeru Ishiba, respetivamente, à margem da reunião dos líderes da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), no Peru, durante a qual condenaram a cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang.
Por ocasião da visita do ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Takeshi Iwaya, à Ucrânia, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sublinhou a necessidade de contrariar a cooperação entre a Rússia e a Coreia do Norte, que, segundo alertou, poderá conduzir a uma "desestabilização significativa mais alargada".
De acordo com a Ucrânia e alguns dos aliados de Kyiv, a Coreia do Norte já enviou cerca de 11 mil soldados para a Rússia.
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