Depois de uma primeira explosão já relatada na imprensa, a do camião do piloto Phillipe Boutron, que sofreu ferimentos graves nas pernas, há agora relatos de outra explosão, que decorreu um dia depois, e que está a ser investigada por alegada ação terrorista.
Segundo a rádio RMC, a Direção Geral de Segurança francesa está a investigar a explosão do camião de assistência da piloto franco-italiana Camélia Liparoti, e do navegador Xavier Blanco, que ocorreu durante a fase de ligação entre Jeddah e Ha'il no passado dia 31 de dezembro.
"Fui ao estádio recolher o roadbook de assistência e saí. Ao quilómetro 80 senti um golpe fortíssimo atrás, em baixo. Era uma explosão, tenho a certeza. Uma explosão muito forte!", afirmou Walter, o condutor do camião de assistência, em declarações ao jornal catalão Mundo Deportivo.
"Olhei pelo retrovisor e vi chamas. Parei rapidamente e nem queria acreditar. Pensei que tinha sido um furo, mas quando uma roda rebenta, há muito barulho. O camião era metade oficina, metade dormitório. Depressa começou a arder tudo porque lá dentro havia um colchão e muitas outras coisas", acrescentou.
A equipa garante que não havia nada explosivo no camião, sendo que o tanque de combustível terá sido ejetado a mais de 30 metros. As autoridades sauditas foram ao local, trataram da limpeza e agora, segundo a RMC, estão a dificultar as investigações às autoridades francesas e à ASO, a organizadora do Dakar.
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