Lançado em 2007, o Nissan Qashqai tem roubado corações um pouco por todo o mundo. Só assim se explica que o SUV da marca japonesa tenha vendido mais de cinco milhões de unidades em 15 anos.

A nova geração fez o diesel desaparecer e modernizou-se. Essencialmente no exterior, adotando um visual mais refinado que, pessoalmente, me agradou bastante. Não pára o trânsito, mas percebe-se que estamos na presença de um Qashqai e de uma nova geração, o que fez cumprir, certamente, o objetivo da Nissan. Grelha em V, óticas muito finas e uma traseira mais musculada.

No seu interior, espaço (à frente e atrás) e materiais de qualidade não faltam. É certo que testámos um topo de gama, mas ainda assim importa salientar a qualidade dos materiais.

O Qashqai 1.3 DIG-T 158cv Tekna+ que levei para estrada continha um head up display de 10,8' e um ecrã tátil central de 12,3' de fácil manuseamento. Os botões físicos são, para mim, os indispensáveis. Há que tirar o chapéu à Nissan por não cair no erro de colocar tudo em modo 'touch'. A posição de condução está bastante aprimorada, os bancos são altamente reguláveis (e podem ser aquecidos), o que nos faz sentir extremamente confortáveis ao volante. Destaque ainda para o sistema de som da Bose, disponível nesta variante Tekna+.

Já me esquecia de um pormenor importante. Apesar do espaço mais do que satisfatório nos bancos da frente e traseiros, a bagageira não sendo pequena (seria difícil num carro com quase 4,5 metros de comprimento), podia ser ainda mais generosa na minha opinião.

E na estrada?

Uma das grandes novidades desta geração é a inclusão de um 'mini' sistema 'mild-hybrid' de 12 volts que, tenho de ser honesto, acho que pouco acrescenta. De resto, o motor de quatro cilindros de 1.3 litros de capacidade com 158 cv dá para os gastos. É mais do que suficiente para esta versão e em auto estrada mostra entusiasmo. O único reparo é a pouca 'pujança' em baixas rotações. O pedal da embraiagem é também um pouco pesado e a caixa manual acredito que faça com que não tenhamos perceção de grandes diferenças entre os três modos de condução disponíveis: Eco, Standard e Sport.

Apesar de firme, o Qashqai é bastante agradável quando os troços não são tão simpáticos para a suspensão desportiva que possui. Depois temos uma panóplia de ajudas à condução, que tornam tudo mais fácil. Desde os sensores à volta de todo o Qashqai, à câmara 3D superior, ao sistema de deteção de ângulo morto, assistente de faixa de rodagem, entre tantos outros.  Resumindo, se me tentar lembrar de algo que falta a este Qashqai, nada me vem à cabeça. O que é claramente um sinal positivo de está bem apetrechado no que ao equipamento diz respeito.

Infelizmente, os consumos é que não me deixaram assim tão agradado. Numa condução entre cidade e vias rápidas, a média durante os três dias de ensaio fixou-se nos 7.4l/100 km. Não é exagerada, mas podia ser ligeiramente menor.

Fique com todos os pormenores e um resumo das características deste Qashqai.