Michelin suspende produção de pneus na Rússia e exportações para o país

A Michelin suspendeu a atividade na sua fábrica de pneus na Rússia e também as exportações que fazia para aquele mercado, perante os fortes distúrbios causados pela guerra na Ucrânia e o impacto das sanções ocidentais contra Moscovo.

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Lusa
16/03/2022 06:44 ‧ 16/03/2022 por Lusa

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Ucrânia

 

O grupo francês, sem mencionar em nenhum momento a possibilidade de deixar a Rússia, explicou esta terça-feira em comunicado que "neste contexto muito difícil e incerto" a prioridade é "acompanhar todos os colaboradores afetados pela crise", em particular os da Rússia.

A fabricante de pneus referiu que continua "totalmente mobilizada" e que pretende adaptar a suas decisões "de acordo com a evolução da situação".

A sua fábrica de Davydovo, na qual trabalham cerca de 750 trabalhadores dos 1.000 funcionários da empresa na Rússia, dedica-se ao fabrico de pneus para veículos ligeiros e à recauchutagem de pneus para camiões, estando essencialmente vocacionada para o mercado local russo.

Um porta-voz da empresa referiu à agência EFE que uma pequena parte da produção também se destina a países do norte da Europa.

A fábrica, que produz entre 1,5 e 2 milhões de pneus por ano, contribui para 1% da produção global do grupo.

O mercado russo, para o qual a Michelin também exporta pneus fabricados em outros países, representa 2% das suas vendas globais.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, e em cumprimento com as obrigações decorrentes do embargo ocidental, a Michelin tinha suspendido um contrato de fornecimento de pneus para a companhia aérea russa Aeroflot.

Além disso, em 04 de março, o Guia Michelin já tinha indicado que suspendia as suas recomendações para restaurantes na Rússia, apenas cinco meses após o lançamento do primeiro guia gastronómico dedicado a Moscovo.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Michelin melhora o seu pneu de verão mais vendido. (E já está disponível)

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