Desde 6 de julho que foram introduzidas novas medidas pela União Europeia no que à venda de automóveis diz respeito. Todos os carros que sejam comercializados a partir desta data já têm que conter vários sistemas de segurança, com vista ao objetivo do organismo em reduzir mortes e acidentes nas estradas. Um dos sistemas obrigatórios foi a caixa negra.
Como já acontece nos aviões, a caixa negra nos automóveis vai servir para registar tudo aquilo que foi feito para que exista uma percepção do que realmente aconteceu em caso de acidente. Porém, ao contrário do que acontece nos aviões, nos automóveis o sistema não tem a capacidade de gravar conversas que ocorram dentro habitáculo. A caixa negra dos automóveis vai ser uma espécie de tacógrafo, utilizado nos veículos pesados, cujo objetivo é permitir a reconstituição dos acontecimentos em caso de acidente.
Como é que o vai fazer? Através de vários registos, apenas para serem utilizados em caso de acidente. Segundo aquilo que nos diz o Automóvel Clube de Portugal (ACP), a caixa negra irá registar vários dados de telemetria.
- Pressão no acelerador e rotações por minuto do motor;
- Ângulo de viragem e a velocidade angular em graus;
- Velocidade nos últimos 5 segundos;
- O recurso aos travões;
- A direção do Delta V (aceleração positiva ou negativa);
- Ativação de airbags e pré-tensores dos cintos;
- Uso dos cintos de segurança e as dimensões dos ocupantes;
- Variação da velocidade à qual o veículo foi submetido após o impacto;
- A aceleração longitudinal em metros por segundo ao quadrado.
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