Quanto mais recente o carro, mais seguro é para as mulheres, diz estudo
Os carros de nova geração estão equipados com mais do que um 'airbag' e cintos de segurança mais avançados, reduzindo significativamente a probabilidade de morte em caso de acidente com condutoras do sexo feminino.
© Reuters
Auto Desigualdade
À medida que tecnologia nos automóveis evolui, aliada com o aumento das restrições rodoviárias, a disparidade nos acidentes fatais com condutores do sexo feminino e masculino diminui, segundo um relatório da Administração Nacional de Segurança Rodoviária (NHTSA) dos Estados Unidos da América (EUA).
Se o estudo de 2013 aponta que as mulheres têm mais probabilidade de morrer em acidentes de automóvel do que os homens, o documento de 2022 indica que, quanto mais recente o modelo do carro, mais seguro é para as mulheres, noticia a NBC News.
Para os veículos de 2010 a 2020, a disparidade no que toca o risco de morte entre homens e mulheres é de 6,3%. Já nos modelos de 1960 a 2009, o valor aumenta para 18,3%. Contudo, o número diminui no caso dos automóveis de 2015 a 2020, registando uma disparidade de apenas 2,9%.
Isto porque os carros de nova geração estão equipados com mais do que um 'airbag' e cintos de segurança mais avançados, reduzindo significativamente a probabilidade de morte em caso de acidente com condutoras do sexo feminino, informa o relatório.
Ainda assim, Steven Cliff, administrador da NHTSA, assegura que o organismo está à procura de novas formas de melhorar a segurança para as mulheres, realçando, em conferência de imprensa, que “há mais trabalho a fazer”.
Está previsto, por isso, o desenvolvimento de novos bonecos de teste de colisão e de modelagem computacional sofisticada, que permitam avaliar os efeitos de diferentes tipos de colisões numa grande variedade de corpos.
Recorde-se que os testes de colisão eram realizados apenas com bonecos que representavam o corpo masculino. Desde 2003 que a agência usa um boneco feminino em alguns testes mas, com uma altura de cerca de 1,49 metros e um peso de cerca de 48 quilos, não representa a mulher norte-americana na sua generalidade.
O organismo estará, também, a analisar o grau em que a disparidade entre homens e mulheres existe nas lesões de acidentes semelhantes, avaliando novos padrões de segurança para eliminar todas as desigualdades.
Contudo, a VERITY NOW, que luta para acabar com a discriminação de género nos testes de segurança rodoviária, não considera que o novo relatório seja assim tão positivo, acusando a NHTSA de “encobrir as disparidades de género nas mortes em acidentes”.
“A NHTSA cria, repetidamente, padrões de segurança desiguais para homens e mulheres, reescrevendo as regras ou ignorando os seus próprios dados”, disse a copresidente da entidade e ex-deputada Susan Molinari.
Por sua vez, Beth Brooke, copresidente da VERITY NOW, considerou que os dados são "escolhidos a dedo" e não mostram as mudanças reais.
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