O Rolls-Royce Silver Wraith tem sido tema de discussão no Brasil durante este mês de setembro. Tudo porque ficou na dúvida se estará em condições de aparecer no evento de tomada de posse do atual presidente do país, Lula da Silva.

De acordo com a coordenadora do núcleo de transição de governo, Rosângela Silva, o veículo "parece danificado" e tal terá acontecido em 2018, quando Jair Bolsonaro tomou posse.

Substituir o Silver Wraith para o evento de tomada de posse começou a ser hipótese, apesar de ainda não se saber qual o tipo de dano que o histórico automóvel tem. Esta seria a primeira vez que tal aconteceria desde 1953. Mas já lá vamos à história.

É que a Secretaria-Geral da Presidência de Jair Bolsonaro negou quaisquer avarias no Rolls-Royce. "O veículo encontra-se em perfeitas condições de funcionamento", foi comunicado através de uma nota oficial. Portanto, dado este desencontro de afirmações, subsiste a dúvida se haverá ou não Rolls-Royce Silver Wraith no próximo dia 1.

A tomada de posse de Lula da Silva, em Brasília, decorre no próximo domingo e são esperadas cerca de 300 mil pessoas para assistir ao desfile.

Um clássico de 1952

Produzido em 1952 em Inglaterra, o Silver Wraith contou apenas com 2.000 unidades saídas da linha de montagem. Um automóvel exclusivo que o Brasil recebeu logo no ano seguinte.

Foi logo em 1953 que o luxuoso Rolls-Royce passou a desempenhar um papel de destaque junto da presidência do Brasil. Nesse ano, o presidente Getúlio Vargas desfilou no automóvel durante as comemorações do Dia do Trabalho, em Volta Redonda.

Com um motor de seis cilindros em linha e 4,5 litros de capacidade, o Rolls-Royce Silver Wraith foi o primeiro modelo a ser lançado pela marca britânica após a Segunda Guerra Mundial. Tem capacidade para sete pessoas no seu interior, que foi restaurado por completo há precisamente 21 anos. Na altura, a mecânica ficou de fora desse restauro.

Ainda assim, sabe-se que o Silver Wraith é revisto com regularidade. A regra é que seja inspecionado duas vezes por ano para ser alvo de uma manutenção especializada. Ao que tudo indica, o carro mostra no seu odómetro perto de 30.000 quilómetros realizados.

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