3.ª etapa do Dakar deixa Klein líder das motas e Sainz perde nos carros
A revisão das classificações após o encurtamento da terceira etapa da 45.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno deixou o norte-americano Mason Klein (KTM) na liderança das motas, com 1.48 minutos sobre o australiano Daniel Sanders (GasGas).
© Lusa
Auto Dakar
Sanders foi o mais rápido na tirada de hoje, encurtada ao quilómetro 335 dos 447 previstos, com o tempo de 4:24.15 horas, deixando Klein em segundo (inicialmente foi dado como terceiro), a 1.07 minutos, com o norte-americano Skyler Howes (Husqvarna) em terceiro, a 3.05 minutos.
Pela primeira vez, foram atribuídas bonificações aos pilotos que abriram a pista e Klein, que liderou o caminho durante a parte inicial, recebeu 5.52 minutos de bónus.
Após a revisão das classificações, Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) foi o melhor português, ao concluir a tirada na 10.ª posição, a 16.05 minutos do mais rápido. Rui Gonçalves (Sherco) foi 14.º, a 17.09, com António Maio (Yamaha) em 20.º, a 21.39.
O luso-germânico Sebastian Bühler (Hero), que na véspera fora segundo, hoje perdeu tempo e cortou a meta na 23.ª posição, com 29.42 minutos de atraso e já com uma penalização de quatro minutos por excesso de velocidade incluída. Mário Patrão (KTM) foi 42.º.
Nas duas rodas, nota ainda para a desistência do norte-americano Ricky Brabec (Honda), vencedor da edição de 2020, após queda ao quilómetro 274. O piloto foi transportado ao hospital com queixas de dores no pescoço.
Com estes resultados atualizados, Mason Klein mantém o comando das motas, com 1.48 minutos de vantagem para Sanders e 7.09 minutos para Howes.
Bühler caiu de 10.º para 15.º, enquanto Quim Rodrigues Jr. subiu ao 16.º, Maio a 19.º e Rui Gonçalves a 23.º. Patrão, que corre sem assistência, é 47.º e segundo dessa categoria.
Nos automóveis, o dia teve mudança de líder, depois de o espanhol Carlos Sainz (Audi) ter sofrido problemas mecânicos na suspensão traseira esquerda do seu E-Tron elétrico durante a tirada, perdendo cerca de uma hora.
A vitória foi atribuída ao francês Guerlain Chicherit (BRX), com 3.26 minutos de vantagem sobre o sul-africano Henk Lategan (Toyota) e 5.04 sobre o argentino Orlando Terranova (BRX).
Também o qatari Nasser Al-Attiyah (Toyota) sentiu problemas, mas perdeu 20.58 minutos para o vencedor. Já o francês Sébastien Loeb (BRX), que já tinha cedido 1:20 horas na véspera, teve problemas mecânicos no seu Hunter e teve de parar 20 minutos para reparações, acabando por perder 37.16 minutos.
Já Carlos Sainz fechou o dia em 43.º, a 56.21 minutos do vencedor e desceu de primeiro para oitavo, a 33.11 minutos do novo comandante, Nasser Al-Attiyah.
O qatari tem, agora, 13.20 minutos de vantagem sobre o saudita Yazeed Al-Rajhi (Toyota), que é segundo, e 20.45 sobre o francês Stéphane Peterhansel (Audi), que subiu de oitavo a terceiro e voltou a entrar nas contas da vitória.
Na categoria reservada aos veículos ligeiros, Hélder Rodrigues (Can-Am) subiu do 28.º lugar com que iniciou a especial depois de um dia em que perdeu quase três horas devido a uma barra estabilizadora partida até ao 10.º lugar que ocupava quando a prova foi interrompida.
"Foi um dia complicado. Partimos muito de trás, na posição 135, e choveu muito por isso não foi fácil gerir a jornada de hoje. No entanto, conseguimos ultrapassar as dificuldades e chegámos bem ao bivouac. Fomos com os pneus com muita pressão para não furar, mas como choveu o dia todo formou-se muita lama e foi complicado", explicou Hélder Rodrigues.
Entre os T4 (veículos ligeiros derivados de série), a vitória foi provisoriamente atribuída ao brasileiro Cristiano Batista (Can-Am), que é navegado pelo português Fausto Mota. Pedro Bianchi Prata, que navega Bruno Conti de Oliveira (Can-Am) ficou em sétimo lugar.
Na geral, Bianchi Prata é sétimo, logo seguido de Fausto Mota.
A quarta etapa será disputada na quarta-feira, com partida e chegada em Hail, com 425 quilómetros cronometrados.
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