A Jaguar renovou o E-Pace em 2020 e no ano seguinte chegou a Portugal. Um dos SUV mais imponentes da marca britânica tem apenas uma versão híbrida plug-in e foi precisamente essa que experimentámos durante alguns dias.

"A combinação perfeita de um design inspirado em veículos desportivos e da funcionalidade de um SUV" é a premissa da Jaguar. Nós acrescentamos algumas características. Muito conforto, prestações muito razoáveis e rápido carregamento. 

Vamos aos números. Com um motor de 1.5 litros a gasolina de 200 cv, o bloco elétrico montado no eixo traseiro ajuda com mais 80 kW (109 cv). No total são 309 cv de potência à nossa disposição, mas não é aqui que o E-Pace híbrido plug-in sobressai. A bateria de iões de lítio de 15 kWh de capacidade oferece uma autonomia mista de até 62 km. Números bastantes generosos para a utilização no dia-a-dia, o que pode fazer com que o consumo diário ronde os 1,4 l/100 km.

Comprovámos que o E-Pace híbrido plug-in pode circular em modo elétrico até uma velocidade de 135 km/h, o que se tornou bastante útil nas nossas deslocações de casa-trabalho/trabalho-casa.

Ainda sobre a parte elétrica, dois pontos a destacar: Se a velocidade de carregamento é bastante satisfatória, o recarregamento através da travagem regenerativa desiludiu. Foquemo-nos na parte positiva.

Num carregamento rápido (de 32 kW ou superior), o Jaguar E-Pace demora cerca de 30 minutos a encher 80% da capacidade da bateria se estiver totalmente descarregada. Já se for um carregamento com 7 kW de potência, o E-Pace demora cerca de uma hora a chegar aos 80% se estiver a zeros.

Por último, numa tomada com uma capacidade até 2,3 kW, a carga da bateria do E-Pace vai dos 0 aos 80% em cerca de cinco horas.

Em estrada

Pode ser estapafúrdio, mas não nos levem a mal afirmar que muitos pensam que pouco se poupa ao ter um automóvel de uma marca premium, como é a Jaguar. Mas será correto?

A verdade é que este foi um dos pontos que quisemos ter em conta ao andar vários dias ao volante do E-Pace híbrido plug-in. Tendo em conta a nossa experiência é que se usarmos e abusarmos do motor a gasolina, os consumos não só não são risonhos, como roçam facilmente nos 9 ou 10l/100 km.

Porém, se tivermos o cuidado de ter sempre carga na bateria do E-Pace, os consumos diários, principalmente se realiza viagens curtas, podem ser muito, muito reduzidos. Não chegámos à casa do 1, mas conseguimos ficar perto dos 2l/100 km. 

E se este facto nos deixou agradados, o conforto proporcionado pelo E-Pace foi outro ponto de destaque. Condução eficaz, o barulho do exterior pouco audível e uma suspensão que absorve as irregularidades de pisos em estados mais deteriorados aumentaram o prazer de condução ao longo dos quatro dias de teste.

E mesmo sem ser um carro de altas performances, o desempenho deste E-Pace híbrido plug-in não deixa a desejar. Uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 6,5 segundos? Acho que ninguém se poderá queixar... 

Fazer ainda menção aos três modos de condução disponíveis: o EV, onde o E-Pace circula apenas com tração traseira, o modo HYBRID em que os dois motores trabalham em conjunto, e o modo SAVE, em que é utilizado maioritariamente o motor a gasolina para poupar a carga elétrica da bateria.

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ANÁLISE

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Muito conforto (apesar de o espaço traseiro ter-nos desiludido), prestações muito razoáveis e rápido carregamento, como fizemos referência no texto, são algumas das características do E-Pace. A parte elétrica contribui para tornar este SUV mais apelativo. No entanto, o preço pedido pode afastar potenciais interessados. Uma coisa é certa: o carimbo de qualidade da Jaguar atesta a que este seja uma das melhores alternativas premium do mercado.

• Conforto
• Insonorização
• Design

• Travagem regenerativa
• Espaço traseiro