"A greve abrange 130 mecânicos da Tesla em sete oficinas na Suécia", disse à AFP o porta-voz do sindicato IF Metall, Jesper Pettersson.
Pettersson explicou ainda que os trabalhadores da Tesla têm "salários mais baixos, não têm os mesmos seguros e têm pensões mais baixas" do que os outros trabalhadores da indústria no país.
Negociados, setor a setor, os acordos coletivos de trabalho são a base do modelo do mercado de trabalho sueco, abrangendo quase 90% de todos os trabalhadores do país, além de garantirem salários e condições de trabalho semelhantes.
O IF Metal, que tem cerca de 300.000 associados, considera também que estes acordos permitem ainda que as empresas "laborem em condições de igualdade".
"Muitos" dos trabalhadores da Tesla na Suécia são membros do IF Metall, disse Pettersson, sem revelar um número exato.
Apesar de serem membros do sindicato, "não podem beneficiar dos acordos coletivos de trabalho de toda a indústria", lamentou o sindicalista.
Pettersson referiu também que a Tesla os informou na terça-feira que não assinaria um acordo coletivo de trabalho, lembrando ainda que o fabricante de automóveis garantiu ao sindicato que "não faz isso em nenhum lugar do mundo".
Perguntada pela AFP sobre esta informação, a Tesla não respondeu à questão.
O fundador e líder da Tesla, Elon Musk, tem rejeitado sistematicamente os apelos para que os 127.000 funcionários da empresa em todo o mundo se sindicalizem.
Os trabalhadores da Tesla que estão hoje em greve na Suécia e recebem uma compensação do sindicato equivalente aos seus salários, esclareceu Pettersson.
O sindicalista referiu ainda que, caso a Tesla não altere a sua posição, o sindicato IF Metall poderá alargar o período da greve até 03 de novembro para abranger todas as oficinas de reparação de automóveis da Tesla no país e não apenas as que pertencem ao fabricante automóvel norte-americano.
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