"Em termos homólogos, o mês de abril trouxe um aumento exponencial das exportações de componentes automóveis, que registaram um crescimento de 11%, totalizando 1.100 milhões de euros", indicou, em comunicado, a AFIA, notando que em causa está um "recorde absoluto".
Contudo, nos primeiros quatro meses do ano, verificou-se uma descida de 1,6%, com estas exportações a situarem-se nos 4.300 milhões de euros.
Neste período, as exportações para a Europa concentraram 88,8% do total das vendas de componentes automóveis para o exterior, uma quebra de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Espanha mantém-se na liderança (27,8%), seguida pela Alemanha (23,9%) e França (8,4%).
Citado na mesma nota, o presidente da AFIA, José Couto, defendeu que, apesar destes resultados, o setor continua a enfrentar "momentos muito difíceis resultantes da instabilidade económica", nomeadamente, a diminuição de encomendas e os conflitos internacionais.
"Não temos dúvidas que é necessário mantermo-nos competitivos e capazes de fazer a diferença para que os nossos clientes nos conheçam como parceiros, o momento é complexo, obriga-nos a estar atentos e antecipar surpresas desagradáveis", acrescentou.
Os cálculos da AFIA têm por base as estatísticas do comércio internacional de bens do Instituo Nacional de Estatística (INE).
Em Portugal, a indústria de componentes para automóveis tem 350 empresas e conta com 63.000 trabalhadores.
No ano passado, esta indústria faturou 15.000 milhões de euros.