"A China expressa a sua forte insatisfação e oposição resoluta" a esta decisão, disse a embaixada chinesa no Canadá num comunicado de imprensa, garantindo que o país "tomará todas as medidas necessárias" para proteger as suas empresas.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, anunciou a decisão na segunda-feira, seguindo os passos dos Estados Unidos.
Trudeau acrescentou que o país vai avançar com uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio chineses.
"Atores como a China optaram por dar a si próprios uma vantagem injusta no mercado global", afirmou o chefe de Governo canadiano, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).
A decisão surgiu poucas semanas depois de os Estados Unidos terem anunciado planos para impor tarifas alfandegárias mais elevadas sobre os veículos elétricos fabricados na China.
O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, tinha encorajado o Canadá a seguir os passos da maior economia mundial numa reunião com o primeiro-ministro canadiano no domingo.
No início do verão, o Governo do Canadá tinha iniciado uma consulta à indústria e aos sindicatos para definir possíveis ações sobre esta matéria.
A vice-primeira ministra canadiana, Chrystia Freeland, tinha indicado que o Canadá iria agir em concertação com os Estados Unidos e União Europeia, dado que a América do Norte tem um setor automóvel integrado.
Atualmente, os únicos veículos elétricos fabricados na China e importados para o Canadá são da Tesla e são produzidos na fábrica da empresa detida por Elon Musk em Xangai.
Na semana passada, a Comissão Europeia propôs tarifas de compensação revistas de até 36,3% às fabricantes de carros elétricos chineses na União Europeia (UE), sugerindo ainda direitos de compensação de 9% para a Tesla enquanto exportadora da China.