Para vender bem e mais depressa, a sua casa deve ter a opinião de um avaliador profissional, diz o Idealista, para entender que há fatores que acrescentam ou retiram valor na hora de avaliar um imóvel.
Como por exemplo, a existência ou não de elevador pode modificar em até 30% o preço da casa, a altura também pode fazer somar entre 3.000 e 6.000 euros por andar, e ter terraço, até 25%, diz César Escobar, codiretor de Controlo de Avaliação da Tinsa, ao Idealista, identificando mais de 20 características que podem determinar a valorização ou desvalorização de uma casa. Tome nota.
Localização da casa
O que dá valor:
- Transportes públicos: É um dos fatores que mais impactam o preço do imóvel e que terá grande peso no futuro.
- Centro da cidade: A habitação no centro da cidade acarreta sempre um custo adicional, pois garante a proximidade de um maior número e variedade de serviços.
- Zonas verdes: Ter um parque num raio de 10 ou 15 minutos a pé é considerado positivo para a grande maioria dos compradores, de qualquer perfil.
- Rua principal: As casas na rua principal são sempre valorizadas acima das localizadas nas secundárias, à exceção das que são afetadas por ruído.
- Proximidade de infraestruturas e serviços: A proximidade das zonas de serviços, sendo as escolas, hospitais, zonas comerciais e desportivas.
O que tira valor:
- Excesso de tráfego ou comércio.
- Falta de coerência socioeconómica: ou seja, “a falta de coerência socioeconómica não favorece as vendas, principalmente quando está acima do standard social do bairro. Pelo contrário, uma casa mais modesta localizada num bairro socialmente mais ambicioso, pode ser favorecida ”, destaca Escobar.
A qualidade da construção e a idade
Fatores que dão valor:
- Qualidade de construção.
- Garagem: Especialmente onde é mais difícil estacionar na rua.
- Inspeção Técnica de Edifícios: Dependendo se é positiva ou negativa, o potencial comprador sabe o que é que lhe espera.
- Serviços comunitários: Um prédio que oferece serviços comunitários acima da média é sobrevalorizado.
- Edifícios com proteção especial: Normalmente é uma amostra de exclusividade e uma qualidade acima da média, por isso pesa favoravelmente.
- Certificação energética.
Fatores que retiram valor:
- Antiguidade.
- Elevador.
- Taxas comunitárias: Para Escobar, “um local com alto poder aquisitivo não é muito relevante, mas nos demais segmentos imobiliários, quanto menos despesas fixas, melhor”.
- Défice de serviços: Por exemplo num ambiente de urbanização, a casa localizada numa comunidade sem serviços desportivos vê o seu valor cair.
- Comércio: O comprador pode rejeitar negócios relacionados com ruído, movimentação de pessoas ou animação noturna.
O interior da casa
De valor:
- Zona exterior: O interior com vista para um pátio tem sempre desconto.
Qualidade dos acabamentos. - Casas mais pequenas: Sim leu bem, sabia que o preço será sempre mais elevado num apartamento de 60 m2 do que 120 m2.
- Varanda ou terraço: Principalmente em tempo de pandemia atual.
- Terraço no sótão.
Sem valor:
- Planta: “Na construção nova, o preço de um mesmo apartamento sobe entre 3.000 e 6.000 euros por piso”. Os mezaninos e primeiros andares estão sempre abaixo do restante do edifício, e as caves e semi-caves apresentam grandes problemas de comercialização.
- Conservação: Uma reforma standard de uma casa de 90 metros quadrados (m2) pode custar cerca de 60.000 euros. Após entre 10 e 15 anos é considerado amortizado pelo avaliador, a menos que ofereça uma conservação muito cuidada ou os acabamentos sejam de qualidade especial.
- Distribuição interior: O avaliador dá especial atenção aos metros quadrados úteis, “penalizam-se as zonas de passagem para ligação de divisões sem utilização, casas com estrutura tubular no seu grande corredor, tetos inclinados ou com dificuldades de ventilação”.
- Falta de anexos.
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