Edifícios licenciados recuam 3,5% em 2020. Os concluídos aumentam 6%
Em 2020, a região Norte foi a que registou maior número de edifícios licenciados com uma subida de 39,2%.
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Em 2020 foram licenciados 22,8 mil edifícios e concluídos 15,0 mil edifícios, valores que correspondem a uma quebra de 3,5% e a um aumento de 6%, respetivamente, face ao ano anterior, segundo dados do INE, divulgados esta segunda-feira. Em 2019, sublinhe-se, tinham sido registadas subidas de 4,1% e 11,6%, pela mesma ordem.
"Considerando a última década, quando comparando 2020 com 2011, o ano do último recenseamento, verifica-se que o número de edifícios licenciados reduziu-se em cerca de 2,9 mil edifícios, correspondendo a uma diminuição de 11,1% (22,8 mil edifícios licenciados em 2020, face a 25,6 mil em 2011)", refere o INE.
Segundo o INE, "na primeira metade da década registaram-se decréscimos sucessivos no número de edifícios licenciados, com uma recuperação a partir de 2015, ano em que esta variável registou o seu valor mínimo (15,3 mil edifícios, o que corresponde igualmente ao menor decréscimo homólogo deste período -2,8%)".
Norte foi a que registou maior número de edifícios licenciados
Em 2020, a região Norte foi a que registou maior número de edifícios licenciados com uma subida de 39,2%, sendo que 45,2% dos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar e 42,4% da área total licenciada em Portugal.
Em conjunto com a região Centro, as duas regiões representaram 66,5% dos edifícios licenciados, (65,8% em construções novas para habitação familiar) e 68,8% da área total licenciada no país, revelam os dados do INE.
Os edifícios licenciados na Área Metropolitana de Lisboa representaram apenas 16,0% do número total de edifícios licenciados do país, correspondendo a 21,5% do número total de fogos para habitação familiar e a 17,7% da área total licenciada. Estima-se que o número de edifícios concluídos em 2020 corresponda a uma redução de 42,5% face a 2011.
Em 2020, situaram-se na região Norte 36,3% do total de edifícios concluídos, 40,1% dos fogos concluídos em construções novas para habitação familiar e 42,6% da área concluída no país.
No seu conjunto, as regiões Norte e Centro representaram 62,0% dos edifícios concluídos, 61,1% dos fogos concluídos em construções novas para habitação familiar e 68,0% do total da área concluída.
Os edifícios concluídos na AML representaram 18,7% do valor total do país, correspondendo a 23,5% do número total de fogos concluídos em construções novas para habitação familiar e a 17,5% do total da área concluída em Portugal em 2020.
Considerando apenas o quarto trimestre de 2020, os edifícios licenciados diminuíram 1,0% face ao período homólogo, para 5,7 mil, e os edifícios concluídos recuaram 4,1%, para 3,7 mil, o que compara com aumentos de 4,0% e de 1,5%, respetivamente, no terceiro trimestre desse ano.
Segundo o INE, no quarto trimestre do ano passado os edifícios licenciados em construções novas registaram um crescimento homólogo de 1,2% (+6,5 no terceiro trimestre), enquanto o licenciamento para reabilitação diminuiu 7,8% (-3,5% no trimestre anterior).
Numa análise mensal, verifica-se que, após os crescimentos homólogos observados em novembro e dezembro, os edifícios licenciados diminuíram 17,3% em janeiro de 2021.
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