Portugal considerado, pela primeira vez, um país “fortemente inovador”

Programa Casa Eficiente 2020, Fundo de Eficiência Energética (FEE) e Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) são motivo de destaque para o European Innovation Scoreboard considerar Portugal o 12º país mais inovador na UE27.

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Ana Rita Soares
01/04/2021 08:59 ‧ 01/04/2021 por Ana Rita Soares

Casa

Sustentabilidade

O Relatório Nacional da Inovação, da Agência Nacional de Inovação, indica que no contexto europeu, Portugal assinalou uma evolução bastante positiva, de acordo com os relatórios anuais do EIS (European Innovation Scoreboard), revela o Diário Imobiliário. Os dados mais recentes mostram que Portugal é o 12º país mais inovador na UE27, sendo considerado, pela primeira vez, um país “fortemente inovador”.

Dentro das várias inovações sustentáveis em Portugal, destacaram-se o Programa Casa Eficiente 2020 no valor de 200 milhões de euros, lançado em 2018, pelo governo. O Fundo de Eficiência Energética (FEE), instrumento financeiro criado em 2010 capaz de financiar os programas e medidas previstas no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE), para as empresas que queiram investir.

Não esquecendo o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que tem 620 milhões de euros destinados a melhorar a eficiência energética de edifícios, dos quais 300 milhões para residências, 250 milhões para a administração pública central e 70 milhões para os serviços.

De acordo com o último relatório, divulgado dia 25 de março, “a inovação tem sido um dos elementos que tem contribuído para melhorar a imagem de Portugal a nível internacional. A qualidade das infraestruturas tecnológicas, a competência das entidades e o talento dos recursos humanos trouxeram investimento de grandes grupos internacionais intensivos em atividades de alta tecnologia, que estabelecem cada vez mais atividades de alto valor acrescentado no país”.

Diretiva de Revisão relativa à Eficiência Energética

Em Dezembro de 2018, entrou em vigor a diretiva revista relativa à eficiência energética, que define um objetivo de eficiência energética da União Europeia (UE) para 2030 de, pelo menos, 32,5% em comparação com as projeções. Saliente-se que consumo de energia dos edifícios, incluindo todo o seu ciclo de vida, representa 36% do consumo de energia em todo o mundo e cerca de 40% das emissões diretas e indiretas de dióxido de carbono. Por esse motivo, a construção de edifícios têm ser cada vez mais assente na sustentabilidade, indica o Diário Imobiliário. 

As exigências são para serem cumpridas de forma a promover a eficiência energética ao nível do arrefecimento e aquecimento, consumo de energia através da promoção da inteligência e digitalização no consumo, promoção de equipamentos elétricos eficientes e divulgação de informação ao consumidor, promoção da verificação e auditoria das poupanças e ganhos, medidas de prolongamento da vida útil dos materiais e sua reutilização.

No final do ano passado, a Comissão Europeia lançou oficialmente o Level(s) (Quadro Europeu para os Edifícios Sustentáveis) associado aos objetivos do Pacto Ecológico Europeu para um sector da construção sustentável. É um instrumento importante para ajudar os arquitetos, os construtores e as autoridades públicas a desempenharem o seu papel, melhorando os edifícios em que vivemos, estudamos e trabalhamos.

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