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Mercado residencial: Mais 21 por cento de casas vendidas no 1.º trimestre

Foram vendidas cerca de 49 mil e 608 habitação em Portugal, durante os primeiros três meses de 2021, de acordo com dados do mais recente estudo da Savills.

Mercado residencial: Mais 21 por cento de casas vendidas no 1.º trimestre

Durante o primeiro trimestre de 2021, 49.608 habitações foram vendidas em Portugal, o que representa um aumento significativo de 21 por cento, face aos períodos homólogos de 2019 e 2020. 

Estas são as conclusões de um estudo realizado recentemente pela Savills, consultora imobiliária internacional.

"Esta é uma prova da resiliência do mercado residencial português, mesmo em tempos de severos confinamentos", começa por revelar comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.

A média dos valores pedidos também mostrou uma evolução positiva, embora na Área Metropolitana de Lisboa se tenha verificado uma ligeira redução, comparativamente ao período de confinamento do primeiro trimestre de 2020. No entanto, quando a comparação é feita com o primeiro trimestre de 2019, observa-se um aumento significativo de 22 por cento, fixando-se agora nos 2,715euros por m2.

Lisboa e Porto: Aumento de vendas de habitações

Nos mercados das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, observou-se um aumento do número de vendas de fogos de cerca de 11 por cento e 13 por cento, respetivamente, e a manutenção de tempos de absorção, que durante os três primeiros meses do ano se estimou em cinco meses, lê-se no mesmo comunicado.

Apesar de a pandemia ter tido uma influência negativa no tempo de fecho dos processos de venda, a resiliência e disponibilidade do mercado para comprar não foram afetadas irreversivelmente, permitindo que o mercado mantenha a sua trajetória de crescimento.

No município de Lisboa, verificou-se uma contração no aumento da média de preços, incluindo freguesias que abrangem áreas com oferta direcionada para o segmento de luxo, como as freguesias de Santo António, de Santa Maria Maior e Misericórdia.

Para a totalidade do município, registou-se uma diminuição de 6,3 por cento comparativamente ao primeiro trimestre de 2020, e um decréscimo de 6,9 por cento comparativamente ao primeiro trimestre de 2019, o que demonstra uma desaceleração do aumento de preços.

Apesar de as restrições terem reduzido as visitas presenciais a propriedades imobiliárias, não se antevê uma queda significativa e continuada nos valores de mercado, salienta o mesmo comunicado, devido à resiliência deste segmento, que deverá recuperar totalmente no final da crise pandémica.

Aumento de famílias monoparentais tem levado a mudanças no mercado residencial

Os efeitos da pandemia de COVID-19 podem gerar novos hábitos de compra, novas necessidades residenciais e estilos de vida que poderão afastar-se da visão mais tradicional do mercado residencial.

O aumento de famílias monoparentais, o aumento dos preços de venda e o grau de incerteza acerca do futuro também levaram a um aumento da procura por parte do mercado de arrendamento, que não encontra ainda resposta eficaz na oferta do mercado atual.

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