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Construir para arrendar? Trata-se de uma necessidade do mercado português

Esta foi a ideia retida do debate “Promoção para arrendamento – A nova prioridade”, realizado no primeiro dia da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa.

Construir para arrendar? Trata-se de uma necessidade do mercado português

Profissionais do imobiliário falaram sobre o mercado de arrendamento em Portugal, durante o debate “Promoção para arrendamento – A nova prioridade”, inserido na Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, realizada pela Vida Imobiliária, sendo que a principal conclusão tirada foi que todos concordam com uma coisa: A promoção para arrendamento, ou o “build to rent”, trata-se, acima de tudo, de uma necessidade do mercado, avança a organizadora da conferência.

A promoção para arrendamento atraiu um investimento de cerca de 46 mil milhões de euros na Europa, no ano passado, mais que o mercado de escritórios, note-se.

"Este foi o segmento mais resiliente em ano de pandemia. É aqui que muitos investidores imobiliários encontram conforto para investir", salientou Paulo Silva, Head of Country da Savills Portugal, na sua apresentação, refere a Vida Imobiliária.

Os profissionais do setor presentes no debate salientaram que a procura por arrendamento tem vindo a subir devido a uma série de fatores, como a dificuldade no acesso ao crédito, quebra dos rendimentos devido à pandemia, salários baixos ou porque as gerações mais novas prezam mais a mobilidade, e podem trabalhar em vários países.

Sublinhou-se ainda que, em Portugal, o mercado é "dominado pela produção para venda direta para os utilizadores, sendo um segmento sensível aos custos, e isso foi mais uma dificuldade" à criação de nova oferta.

Contudo, a Savills contabiliza cerca de 7.500 fogos deste género em pipeline para os próximos 4 anos na zona de Lisboa. Mais de 70% deste investimento deverá ser iniciativa do Estado, através de vários programas. Com um mercado onde a procura e a oferta estão tão desequilibradas, "há mercado para muito mais", nas palavras Paulo Silva.

Na mesma discussão, João Pita, da Round Hill Capital, confessou o interesse da empresa neste mercado, mas alertou que "temos visto que os segmentos alternativos, pelo valor acrescentado da prestação de serviços associada, tem sido mais fácil de viabilizar". 

Por seu lado, Tiago Eiró, da EastBanc Portugal, que representa outro grande investidor internacional, e afirma que já está no mercado de arrendamento nos vários tipos de segmento, garantindo que "fazendo com qualidade, consegue-se sempre ter um produto que seja tomado no mercado", nomeadamente "numa lógica de longo prazo" e "desde que se criem condições", refere a organizadora do evento. 

"Há falta de oferta de qualidade, os juros também deverão crescer, e as gerações mais novas e os estrangeiros que vêm para Portugal trabalhar procuram para arrendar", sustentou.

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