Para a DECO Proteste a prevenção é o melhor remédio para evitar o aparecimento de bolores, manchas difíceis de retirar, como as de calcário, na casa de banho. Para as remover, poderá recorrer a soluções caseiras, amigas do ambiente, mas não espere mais do que um modesto desempenho.
Para ajudar a que este tipo de produtos tenham mais sucesso, deverá, afirma a defensora do consumidor, limpar assim que termina de tomar banho. De cima para baixo, os azulejos e vidros (caso exista proteção no duche ou na banheira).
"Passe um pano de microfibras, que absorve a água, de preferência enquanto a superfície ainda está quente, para remover melhor a gordura deixada pelo banho", sublinha a entidade.
Ácido cítrico
Use puro, sobre os depósitos de calcário, e diluído (uma chávena de café num litro de água), para atacar a sujidade.
Por ser um ácido bastante forte, tem um elevado poder anticalcário. Contudo, não é eficaz a eliminar restos de sabão e nem consegue prevenir a formação de calcário, saliente-se.
Vinagre
Pode ser usado puro, para eliminar calcário, e diluído (uma chávena de café para um litro de água), para limpar sujidade.
Se atuar durante, pelo menos, cinco minutos, elimina algum calcário nas superfícies horizontais. É seguro e não é agressivo para os materiais. A contrapartida principal é o cheiro a vinagre, sobretudo para quem não aprecia o aroma, sustenta a DECO.
Bicarbonato de sódio
Deve ser usado diluído (duas colheres de sopa para um litro de água). É pouco eficaz a eliminar o calcário.
Limpa a sujidade, devido a um ligeiro efeito abrasivo dos grãos de pó. É seguro e inodoro. Deixa vestígios nas superfícies, pelo que é necessário passar com água, após a aplicação da mistura.
Mas há detergentes ecológicos
Alguns produtos anunciam-se como ecológicos e amigos do ambiente. Contudo, a única menção que pode dar segurança é o Rótulo Ecológico Europeu, alerta a DECO Proteste, uma certificação que garante um baixo impacto ambiental.
Mas estranhamos que, em produtos com o pH tão baixo que impede a proliferação de bactérias, sejam usados desnecessariamente agentes conservantes de elevado impacto ambiental.
É o caso da Methylisothiazolinona e da Benzisothiazolinona, afirma a defensora do consumidor.
Outra alegação ecológica usada é a presença de tensioativos biodegradáveis ou de origem natural: É uma boa escolha para reduzir o impacto ambiental de um detergente, mas é preciso considerar toda a fórmula.
Também nestes casos, salienta ainda a DECO, o recurso àqueles conservantes é injustificado, dado que são tóxicos para os organismos aquáticos, não são facilmente biodegradáveis e têm uma bioacumulação moderada.
Os perfumes, muito usados pelos fabricantes para garantir o “cheiro a limpeza”, são também pouco biodegradáveis e podem conter alergénios.
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