Há mais trabalhadores na construção e menos no setor imobiliário
Num espaço de um ano, a atividade imobiliária perdeu cerca de 1,8 milhares de trabalhadores a exercer funções. A contrariar esta tendência, está o setor da construção a registar mais 11,2 milhares de funcionários. Estes cálculos foram feitos com base nos dados divulgados pelo INE.
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De acordo com os dados, divulgados esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional da Estatística (INE), em março de 2021, o número de trabalhadores na atividade imobiliária desceu 4,0% em variação homóloga, para os 44,7 milhares de funcionários, convertendo, assim, o cenário positivo observado no ano passado.
No mesmo mês de 2020, foi registado um aumento do número de trabalhadores na atividade imobiliária de 8,4% na variação homóloga para os 46,5 milhares.
Isto significa que, a atividade imobiliária perdeu cerca de 1,8 milhares de trabalhadores a exercer funções, num espaço de um ano.
Já na construção, a história é outra: O número de trabalhadores no setor da construção segue em alta, revelam os mesmos dados.
Em março de 2020, foi anotado um incremento de 6,3% para os 283,3 milhares de funcionários. Este ano, no mesmo mês, anotou-se uma subida homóloga de 3,7% para os 294,5 milhares. Isto é, há mais 11,2 milhares de funcionários na construção.
Remunerações brutas mensais seguem em alta, em ambos os setores
As estatísticas sobre a "Remuneração bruta mensal por trabalhador" do INE mostram que a variação homóloga da remuneração bruta mensal média por trabalhador (posto de trabalho) no setor das atividades imobiliárias, registou um aumento, no primeiro trimestre de 2021, de 2,1%, para 1.031 euros.
No que diz respeito à remuneração bruta regular e à remuneração bruta base, cresceram 2,9% e 2,8%, respetivamente, para 950 e 925 euros.
Uma tendência que se estende desde o mesmo mês do ano passado, quando foi observado um crescimento homólogo da remuneração bruta mensal média por trabalhador de 3,3% para 1,010 euros. A remuneração bruta regular e a remuneração bruta base, cresceram 3,5% e 3,4%, respetivamente, para 924 e 900 euros.
Relativamente ao setor da construção, também segue em alta. Verificou-se uma subida de 2,5% no trimestre terminado em março de 2021, face ao período homólogo, para 927 euros, divulgam ainda os mesmos dados. Já a remuneração bruta regular e a remuneração bruta base cresceram 2,8%, atingindo 831 e 798 euros, respetivamente.
Este cenário positivo foi também visto em março de 2020, momento em que no setor da construção, a remuneração bruta mensal média por trabalhador elevou 3,2% na variação homóloga para 808 euros. Quando vistas a remuneração bruta regular e bruta base registou-se um incremento de 2,9% e 3,1%, respetivamente.
Recorde-se que a remuneração bruta mensal média aumentou 3,1% no trimestre terminado em março (primeiro trimestre) de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, para 1.227 euros, tendo os setores da construção e das atividades imobiliárias contribuído para este crescimento.
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