Há mais arquitetos a incluir escritórios nos seus projetos residenciais
O objetivo é existir uma demarcação clara entre o local de trabalho e o de relaxamento, permitindo desligar quando chega a hora de “ir para casa”, note-se.
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De acordo com a Athena Advisers, consultora imobiliária internacional que atua também nas áreas de placemaking e arquitetura, há cada vez mais arquitetos a integrarem escritórios domésticos nos seus projetos residenciais, criando um espaço tranquilo e próprio para trabalhar, revela nota enviada aos jornalistas.
Nos casos em que as casas não podem integrar espaços adicionais, os designers de interiores estão a ajudar a remodelar e reconfigurar o espaço de modo a criar "recantos de trabalho" confortáveis, referem os especialistas da Athena.
O objetivo é existir uma demarcação clara entre o local de trabalho e o de relaxamento, permitindo desligar quando chega a hora de "ir para casa", note-se.
Mais de um milhão de pessoas em Portugal trabalha em casa.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, por referência ao segundo trimestre de 2020, a percentagem de teletrabalhadores cresceu para os 23,1%, sendo na Área Metropolitana de Lisboa, que se verificou a maior percentagem (36%).
Para Roman Carel, sócio fundador da Athena Advisers, "o trabalho foi digitalmente democratizado e aceite e, em resultado disso, o propósito do escritório também se alterou para se assumir como um templo da cultura empresarial e um retiro corporativo. O conceito work from home and surf from the office irá estar em alta ao longo das próximas décadas em Portugal", lê-se no mesmo comunicado.
Estas novas necessidades surgem, à medida que as empresas consideram adotar uma abordagem hibrida a longo prazo, assumindo o trabalho remoto como parte da sua estratégia futura. Dessa forma, trabalhar em casa será para muitos a nova regra mesmo depois de a pandemia ter acabado.
O caso da Google é exemplo disso pois já anunciou que irá transitar para um modelo híbrido a partir de setembro deste ano, com o seu CEO, Sundar Pichai, a afirmar que 20% dos colaboradores irá trabalhar a partir de casa de forma permanente, refere o mesmo comunicado. Também a KPMG já se manifestou dizendo que a cada duas semanas os seus colaboradores trabalharão no escritório até 4 dias.
O receio de novos confinamentos acentua ainda mais a necessidade de salvaguardar esse conforto dentro de casa, afirma a Athena Advisers.
Em comunicado, os confinamentos sucessivos um pouco por todo o mundo desencadearam não só novas tendências mas motivaram também novos paradigmas e estilos de vida em que a crescente valorização do bem-estar veio para ficar.
"Nesta nova realidade, um local dentro de casa para relaxar e descontrair passou a ser inegociável. Escritórios e espaços espirituais são altamente procurados no design das novas casas, porque as necessidades de quem procura uma propriedade são hoje muito diferentes”, sustenta Roman Carel.
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