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Condições climáticas poderão tornar as casas mais autónomas e ecológicas

Projeto dos arquitetos do W-LAB responde a simulações digitais que permitem visualizar o que poderemos enfrentar nas próximas décadas, alertando principalmente que muitas zonas poderão se tornar áreas áridas com climas hostis. Ora veja.

Residências poderão ser destinadas à vida em pequena escala

Notícias ao Minuto

11:40 - 20/05/21 por Notícias ao Minuto Enviar email

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As condições climáticas estão a mudar e, com isso, as soluções arquitetónicas e urbanas devem seguir a tendência. Ao analisar, em detalhe, as previsões destas variações, os arquitetos do W-LAB desenvolveram uma proposta de habitat Low-Tech para climas húmidos, quentes e áridos, incorporando materiais bio, soluções transportáveis ​​e configurações que promovem a vida em comunidades pequenas e resilientes.

Este projeto responde a simulações digitais que permitem visualizar o cenário climático o que poderemos vir a enfrentar nas próximas décadas, alertando principalmente que muitas zonas poderão se tornar áreas áridas com climas hostis. A informação é avançada pela plataforma Archdaily.

Sublinhe-se que, liderado pelo arquiteto Carlos Bausa, o W-LAB é o laboratório de arquitetura do Wild Design Studio, que desenvolve projetos sustentáveis, com o uso de design digital e ferramentas de análise de dados ambientais.

De acordo com esta equipa de arquitetos, refere a Archdaily, “para um assentamento num local árido, pensa-se em cabines transportáveis ​​que se podem apoiar no solo, sobre estacas aparafusadas. Estas podem ser desamarradas e não deixar marcas no solo, reduzindo ainda mais a sua pegada no meio ambiente".

Para diminuir a força do vento num território com alta exposição, a equipa propõe a criação de cinturões verdes formados por palmeiras e vegetação, funcionando como um filtro para partículas em suspensão. A sua eficácia e os seus níveis de proteção, note-se, já têm sido comprovados por meio de ferramentas digitais CFD, salienta a Archdaily.

Nesse sentido, as unidades residenciais serão destinadas à vida em pequena escala, sustentáveis, autossuficientes e conectadas tecnologicamente. 

Para ser construída, cada casa utilizará materiais reciclados de origem natural e local. Este projeto, especificamente, propõe a utilização de painéis e laminados feitos com madeira de agave americana, popularmente conhecida como "madeira do deserto". 

As suas fibras e raízes podem ser reaproveitadas para fazer sistemas de isolamento térmico e acústico, evitando assim produtos artificiais.

Nesse sentido, cada casa poderá funcionar como uma estufa, permitindo o cultivo de plantas e vegetais para consumo dos seus habitantes, incluindo sistemas de compostagem especialmente concebidos para espaços interiores, revelam os arquitetos do W-LAB.

Além disso, serão incorporados sistemas subterrâneos para a reciclagem de águas cinzas, e painéis solares e aerogeradores externos que permitirão a obtenção de energia renovável, armazenando, desse modo, a energia em baterias instaladas sob o subsolo da casa.

Em relação à obtenção de água potável, a equipa estudou duas soluções potenciais: Captura de névoa e dessalinização solar.

Estes arquitetos garantem que “tanto em climas de montanha como em climas áridos costeiros, a captura de névoa com redes de polietileno (um plástico reciclável) é possível, desde que dadas as características climáticas adequadas, sendo possível captar de quatro a 14 L por m2. Isto sistema permite condensar a umidade dispersa no ar quando este está saturado”, sustentam.

Por outro lado, se não houvesse aquíferos ou rios próximos, a dessalinização da água do mar poderia ser incorporada por meio de um processo de osmose ativado pela energia solar.

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